Tribuna Livre da CMA discute Projeto SER para inclusão de pessoas neurodivergentes
Nesta terça-feira (23/09), a Tribuna Livre da Câmara Municipal de Aracaju recebeu a apresentação do tema “Projeto SER: atendimento e inclusão da pessoa neurodivergente”, conduzida por Francielly Fraga, líder de projetos do Instituto do Ser.
Francielly destacou que muitas famílias enfrentam dificuldades para oferecer assistência adequada a seus filhos. “Só pensamos no autista criança, mas um dia ele será um adulto e um idoso”, disse. De acordo com dados apresentados pelo Censo do IBGE, Aracaju registra cerca de 19 mil autistas e possui 2.500 crianças na fila de diagnóstico, número que ainda é subnotificado, segundo Francielly.
A líder de projetos, Francielly, explicou que o autismo não é visto como doença pelo instituto — portanto, não há tratamento ou cura, mas sim formas de lidar e desenvolver potencialidades. O Instituto possui método próprio para que crianças e adolescentes neurodivergentes possam desenvolver suas habilidades. O objetivo é expandir o atendimento pelo SUS, com custo estimado de R$ 5 milhões por ano, valor que corresponde a pouco mais de R$ 200 mil por vereador em emendas parlamentares.
A proposta inclui a criação de uma clínica-escola multidisciplinar, com capacidade para atender 450 crianças por mês e realizar mais de 14 mil atendimentos mensais, incluindo suporte às famílias.
Apoio dos vereadores
O vice-presidente da Casa, vereador Pastor Diego, parabenizou o trabalho do Instituto SER e ressaltou que diversos municípios do estado já contam com a parceria. “Conte com o nosso mandato. Essa apresentação mostrou que há caminhos e possibilidades de soluções”, afirmou. O vereador Levi Oliveira também demonstrou apoio. “Tive o prazer de conhecer o projeto SER. Peço aos vereadores que somem nessa ação, de extrema importância para nossa capital”.
A vereadora Thannata da Equoterapia destacou que “a Câmara pode transformar a história das crianças neurodivergentes por meio da destinação de emendas parlamentares, proporcionando cuidado às famílias”. O vereador Alex Melo reforçou seu compromisso com a causa do autismo, que, segundo ele, ocorre desde a sua campanha. “Quero conhecer melhor esse projeto e contribuir com ele. É muito importante saber que temos pessoas com autismo que fazem a diferença no mundo”.
Para o vereador Sgt. Byron, é essencial garantir diagnóstico e atendimento gratuito pelo SUS para pessoas com deficiência. O vereador Lúcio Flávio lembrou que já participava de ações voltadas ao acolhimento de pessoas autistas antes de ser eleito e defendeu apoio emocional também às mães e propôs uma visita oficial a instituição por meio da Secretaria da Pessoa com Deficiência.
A vereadora Sonia Meire reforçou a importância da educação e da efetividade das políticas públicas: “As famílias precisam de ajuda. Tenho o projeto de lei ‘Cuidar de Quem Cuida’, mas é preciso garantir execução. Precisamos cobrar que a política pública aconteça, inclusive, no processo de alfabetização, que não pode ser substituído.”
A vereadora Selma França disse: “quero parabenizar o trabalho, e uma das frases que me marcou aborda o cuidar de quem cuida. Quero conhecer o projeto, que tem um grande diferencial na sociedade. O vereador Marcel Azevedo chamou a atenção para as dificuldades enfrentadas no fechamento de diagnósticos e afirmou que “ Precisamos dar cada vez mais atenção a esse assunto, altamente relevante”.
O vereador Maurício Maravilha se colocou à disposição para apoiar o Instituto SER e outras entidades que desenvolvem trabalhos semelhantes, buscando mais qualidade de vida para as pessoas atendidas. O vereador Bigode disse compreender o sofrimento das mães parabenizou a a preocupação social do projeto.
Por fim, o presidente da Casa, vereador Ricardo Vasconcelos, reforçou e disse que a Câmara de vereadores irá “ajudar o projeto porque reconhecemos o trabalho e confiamos na instituição”.