Reunião trata sobre combate a violência contra à mulher

por Felipe Máceio, Assessor de Imprensa do parlamentar — publicado 25/07/2017 12h20, última modificação 07/12/2017 12h35

A vereadora Kitty Lima (REDE) promoveu na manhã desta terça-feira, 25, na Câmara Municipal de Aracaju (CMA), a discussão e votação do regimento da Frente Parlamentar de Combate à Violência Contra a Mulher.

 
O encontro contou com a participação de representantes da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da OAB, Diretoria de Direitos Humanos da Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (Semasc), além dos vereadores Lucas Aribé (PSB), Emília Corrêa (PEN), Jason Neto (PDT), Iran Barbosa (PT), Seu Marcos (PHS) e Thiaguinho Batalha (PMB).
 
“Nosso objetivo aqui foi aprovar o regimento com a participação daqueles que estão na luta diária por políticas de proteção à mulher, já que suas experiências sobre o tema contribuirão para o fortalecimento da frente”, esclareceu Kitty.
 
Autor da proposta que instituiu a Frente Parlamentar de Combate a Violência Contra a Mulher na CMA, o vereador Iran Barbosa comemorou a participação de representantes de movimentos que atuam na defesa dos direitos da mulher para a formatação do regimento. “Elas estão aqui dando uma contribuição importantíssima para os trabalhos dessa frente. Eu fiz a proposta de criar esse grupo de trabalho, mas achei pertinente que uma mulher organizasse esse processo, que está sendo feito brilhantemente pela vereadora Kitty Lima”, parabenizou Iran.
 
Para a presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da OAB/SE, Dra. Adélia Moreira Pessoa, as agressões cometidas contra a mulher não é um problema apenas da vítima, mas sim uma situação que deve ser enfrentada pela família e por toda a sociedade para evitar que casos dessa natureza se perpetuem. “Quando a mulher sofre violência dentro da própria casa isso repercute terrivelmente sobre os filhos. Já existem, inclusive, estudos científicos que mostram que a violência assistida por crianças contribui para uma formação deturpada, fazendo até com que essa violência seja reproduzida por elas quando adultas”, pontuou.
 
Ainda de acordo com a Dra. Adélia, as agressões contra as mulheres são iniciadas pelas ameaças, intimidações e piadinhas ofensivas que não são consideradas crimes, mas que se caracterizam coação, uma prática ilegal. “É uma série de situações que culminam numa agressão física, o que acaba levando a mulher à delegacia para denunciar seu agressor. Infelizmente é apenas nesta situação que a mulher consegue ajuda porque as marcas deixadas em seu corpo podem sem comprovadas, o que a violência psicológica não deixa, mas é tão terrível quanto”, expõe.
 
A coordenadora municipal de Políticas para as Mulheres da Diretoria de Direitos Humanos da Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (Semasc), Maria Teles, também comemorou a oportunidade de se discutir políticas públicas para o enfrentamento da violência contra a mulher. “Essa discussão é extremamente importante porque nós que já atuamos no combate desse tipo de violência ganhamos agora um grande aliado que e o Pode Legislativo, que além de propor lei, atua como instrumento fiscalizador”, disse Teles.
 
Na opinião do vereador Lucas Aribé, “a partir do momento que os parlamentares se unem em prol de uma causa mais do que justa, não é só o parlamento que cresce, mas também a sociedade em relação às expectativas de que nós vereadores iremos ao encontro dessas mulheres e nos aproximarmos, enquanto representantes do povo, para buscar essas melhorias para a inserção justa da mulher na sociedade”.
 
“A gente viu aqui durante o debate que há uma problemática muito grande em relação ao medo das mulheres em denunciar seus agressores. Nós não temos dados estatísticos para que possamos trabalhar para que as mulheres percebam que elas são vítimas sim de violência é que essas agressões precisam ser denunciadas. Não podemos permitir que a mulher continue escravizada por esse tipo de violência em nem por qualquer outra”, reforçou Kitty.