Professora Ângela Melo reafirma apoio às famílias catadoras de mangaba do Santa Maria

“Só há modelo de desenvolvimento democrático e justo quando as famílias têm seus direitos garantidos e a natureza é preservada”. Com essas palavras, de forma enfática, a vereadora Professora Ângela Melo (PT) voltou a criticar a postura da Prefeitura de Aracaju em relação ao território tradicional de extrativismo da mangaba no bairro Santa Maria.

Ao lembrar que desde o início do mandato tem acompanhado a situação das famílias catadoras de mangaba, a parlamentar defendeu a necessidade de “todo apoio possível para buscarmos sensibilizar a Prefeitura a abrir o diálogo com as famílias e a repensar o projeto, de forma que nem as mangabeiras sejam destruídas nem as famílias sejam retiradas do local em que vivem há décadas”.

Denúncias de moradoras e moradores daquela área demonstram que, infelizmente, a Prefeitura já iniciou a devastação da vegetação que formava a zona de amortecimento, que é uma exigência legal para a criação de reserva extrativista e que tem papel relevante para reduzir os efeitos de borda do empreendimento proposto pelo poder público municipal.

Ângela ressaltou também que, no final de 2020, uma equipe técnica composta por pesquisadores/as da UFS e da Associação de Geógrafos Brasileiros produziu um relatório multidisciplinar com dados e informações em favor dos direitos das famílias catadoras de mangaba.

“Tanto esse estudo quanto a realidade daquelas famílias têm sido ignoradas pela Prefeitura de Aracaju”, lamentou Ângela.

A vereadora, que é presença frequente no território das mangabeiras, também pediu o apoio da população à campanha “SOS Mangabeiras”, lançada recentemente pela comunidade de catadoras de mangaba.