Mudança de currículo escolar pela secretaria municipal é criticada pela vereadora Sonia Meire
por Manuella Miranda- Assessoria de Imprensa do Parlamentar
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publicado
02/12/2025 13h12,
última modificação
02/12/2025 13h12
Durante o pequeno expediente, nesta terça-feira, dia 02, a vereadora professora Sonia Meire (PSOL) destacou, durante sua fala na tribuna da Câmara Municipal de Aracaju (CMA), a mudança de currículo escolar com a inclusão do componente curricular ‘BNCC Computação’. Durante a sua fala, a parlamentar fez uma crítica de como a secretaria municipal de educação (Semed) está pretendendo implantar a medida, reduzindo a carga horária de outras disciplinas, como Geografia, História e Educação Física, e respectivamente diminuindo o número de professores dessas matérias.
“Eu fui acionada por várias professoras e, ontem, participei de uma assembleia virtual do Sindicato dos Profissionais do Ensino do Município de Aracaju (Sindipema) sobre a discussão que está sendo feita no Conselho Municipal de Educação para incluir no currículo a BNCC Computação. O problema é que a Semed está propondo reduzir carga horária de educação física, história e geografia, e isso não é legal. A resolução do Conselho Nacional de Educação (CNE) diz que ela pode ser incluída como componente curricular, como transversal ou híbrida. Esse conteúdo tem que permear todos os outros componentes curriculares. Não tem critério para diminuir a carga horária justo dessas disciplinas”, disse a vereadora.
O Sindipema destaca que a Semed não realizou nenhuma consulta à comunidade escolar e também que essa mudança curricular não pode ser uma decisão administrativa, sem ouvir principalmente as crianças. A secretaria pretende retirar uma aula de educação física dos anos iniciais e duas aulas de história e geografia dos anos finais. O parecer, o CNE não coloca como componente curricular obrigatório, assim como também a regulamentação no estado, o que reafirma que em Aracaju também não é necessário que seja um componente curricular obrigatório.
“Quero fazer um apelo à prefeita para que possa se estabelecer um diálogo e que não seja votado no conselho sem uma ampla discussão sobre essa alteração curricular. Nós continuaremos atentas para que esse debate seja público, porque não se faz alteração curricular de cima para baixo. Isso deve ser construído com estudantes e professores para depois ser levado para o conselho municipal de educação”, finalizou Sonia Meire.