Fábio Meireles (PDT) observa que finanças de Aracaju decaíram na atual gestão

por Assessoria de Imprensa do Parlamentar — publicado 02/12/2025 13h20, última modificação 02/12/2025 13h43
Aracaju caiu na CAPAG A (Capacidade de pagamento) para B, conforme informou técnico da SEPLOG

A Câmara de Aracaju promoveu nessa segunda- feira, 01, uma audiência Pública sobre a LOA 2026 e discutiu prioridades no orçamento. O vereador Fábio Meireles (PDT), que também integra a Comissão de Finanças da Casa, demonstrou preocupação com o endividamento do município.

O parlamentar disse que “a gestão passada conseguiu a grande vitória de deixar Aracaju com uma boa capacidade de endividamento, classificada na letra ‘A’.

“A gestão anterior, inclusive, nos informou que todas as obras deixadas tinham dinheiro em caixa para a continuidade. Porém, nos chamou a atenção Aracaju sair de A para B.  Buscamos entender por que isso ocorreu e se Aracaju está em um patamar perigoso de endividamento”, disse.   

O questionamento do parlamentar surge a partir da verificação da Capacidade de Pagamento (CAPAG) do município.

“A capacidade de Aracaju foi uma conquista muito grande. Em 2016, Aracaju era letra C e a gestão passada deixou a capacidade de endividamento com a letra A”, explicou o vereador.

O indicador avalia se o município está apto a contratar operações de crédito, a partir da análise do endividamento, da poupança corrente e da liquidez. As notas variam entre A, B e C. Na primeira análise de endividamento, Aracaju obteve nota A, pois apresentou percentual de 36,9%, abaixo do limite de 60% dessa faixa. Já na poupança corrente, o município caiu para a nota B, pois registrou percentual de 85,49%. 

Lucas Argolo, coordenador do Orçamento da SEPLOG, explicou que o município, em breve, voltará para a melhor classificação, já que, para ter nota A, é necessário estar abaixo de 85%. No último indicador, o de liquidez, o município precisa apresentar percentual superior a 5% para ser classificado como A, e, no caso de Aracaju, o índice é de 0,19%. O indicador demonstra que o caixa disponível está baixo.  

“Temos um equilíbrio entre receitas e despesas, assim como existem áreas de investimento a partir de demandas da população. Buscamos com as secretarias saber o que precisa melhorar e, assim, fazer a construção justa da lei”, disse Lucas Argolo. 

O secretário municipal do Planejamento, Orçamento e Gestão (SEPLOG), Thyago Silva, explicou que “esse foi um momento muito importante, pois permite trazer essa humanização das peças orçamentárias. É o momento de trazer dignidade à população, pois permite que eles participem da construção da LOA, instrumento que será utilizado em 2026”, disse. 

LOA prevê receitas de mais de R$ 4,7 bilhões 

O Projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) de Aracaju para 2026, enviado pelo Poder Executivo, estima uma receita total de pouco mais de R$ 4,739 bilhões. De acordo com o documento, 53,1% dos recursos (R$ 2,5 bilhões) são provenientes do Tesouro Municipal, enquanto 46,9% (R$ 2,22 bilhões) vêm de outras fontes, incluindo operações de crédito, transferências e receitas de capital. Em 2025, a estimativa de receita foi de R$ 4,648 bilhões.