Linda Brasil participa de Seminário sobre Direito das Minorias

por Agência Câmara Aracaju — publicado 16/05/2022 11h40, última modificação 16/05/2022 11h40
Linda Brasil participa de Seminário sobre Direito das Minorias

Agência Câmara Aracaju

Representando a Câmara Municipal de Aracaju (CMA), a vereadora Linda Brasil (Psol) acompanhou o Seminário sobre Equidade de gênero, raça e diversidade nesta segunda-feira,16. O encontro foi promovido pelo Ministério Público por meio da Escola Superior (ESMP) em parceria do Centro de Apoio dos Direitos Humanos e da Comissão de Equidade de Gênero, Gênero, Raça e Diversidade.

“É muito importante que o Ministério Público junto com a comissão LGBTQIA+ promova esses debates para a sociedade para falar sobre LGBTQIA+fobia”, disse.

Para a vereadora o combate a LGBTQIA+fobia é uma missão coletiva e não apenas de um grupo. “Ainda existe uma falta de conscientização sobre  sobre o respeito a diversidade. Muitos ainda não sabem a diferença entre orientação sexual, que tem a ver com desejo e relacionamento, já identidade que tem a ver com nós mesmos, como a gente se sente e como se identifica e se apresenta socialmente”, explicou.

17 de maio é a data em que se celebra o Dia Nacional e Internacional de combate à LGBTQIA+, pois na década de 1990 a Organização Mundial da Saúde (OMS) despatologizou a homosexualidade e posteriormente a transexualidade. “É um dia marco para a gente discutir sobre questões de como combater a LGBTQIA+fobia”, informou.

Comissão

A procuradora e presidente da Comissão de Equidade de Gênero, Raça e Diversidade do Ministério Público de Sergipe, Ana Cristina Brandi justificou a realização do evento como a necessidade de se falar sobre as minorias. “A nossa Constituição alberga todos os direitos da liberdade comportamental e existencial, incluídos portanto, a liberdade de escolha de gênero sexual, segundo o desejo respectivo das pessoas. Por esse motivo, é inadmissível comportamentos que por variadas razões, propiciem ataques a integridade física ou constrangimentos à liberdade das pessoas”, pontuou.

 Mães pela diversidade

 Integrantes do Coletivo Mães pela Diversidade também estavam presentes no evento e uma delas falou sobre o acolhimento a filhos e filhas. “Eu vim falar em nome das Mães pela Diversidade sobre as estatísticas de mortalidade principalmente a jovens trans. Sou mãe de um jovem trans de 19 anos que sempre teve acolhimento em casa. Mas infelizmente, essa não é a realidade da maioria dos jovens, onde muitos são expulsos de casa em média, aos 13 anos de idade”, revelou Kenia Moura.

De acordo com a mãe, a falta de acolhimento acarreta uma vida de privações a esses jovens. “A situação em que meu filho vive e outros poucos, é uma condição rara. E é por isso que nós das Mães pela Diversidade trabalhamos para que a cabeça dos pais mudem e que essa realidade mude”, enfatizou.