Em Tribuna Livre, Sepuma trata sobre situação dos servidores

por Danilo Silva Cardoso publicado 15/08/2017 13h25, última modificação 15/08/2017 13h27
Em Tribuna Livre, Sepuma trata sobre situação dos servidores

Foto: César de Oliveira

O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Aracaju (Sepuma), Nivaldo Fernandes, foi o convidado da Câmara Municipal de Aracaju (CMA) para a Tribuna Livre durante a 58ª Sessão Ordinária desta terça-feira, 15. O sindicalista compartilhou as angústias dos servidores da Prefeitura de Aracaju com o corte da insalubridade, periculosidade, gratificação e hora extra. 

Nivaldo destacou que Aracaju é o terceiro do país a reduzir suas despesas, segundo os dados apresentados pela revista Valor Econômico. “Só que esqueceram de destacar que parte destas despesas foram extraídas do estômagos dos servidores, sem adicionar insalubridade, periculosidade, gratificação e hora extra. Esta despesas tiram comida da mesa do gari, da merendeira, da cozinheira e do coveiro”. 

O sindicato transformou os números das despesas e do aumento da folha em cargos de comissão em gráficos. “O prefeito baixou um decreto no início do ano que a folha de comissionados não passasse de 50% da folha de setembro 2016, que custou 7 milhões aos cofres públicos. Em julho, o valor dos cargos de comissão já atingiram 5 milhões, igualando dezembro de 2016”, revelou Nivaldo Fernandes.

 Outro ponto que o Sepuma destacou foi o Aracaju Previdência e a falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para os coveiros. “O Aracaju Previdência tem 600 milhões de reais aplicados e não sabemos nada a respeito deste dinheiro, não queremos que acontece o mesmo que o Sergipe Previdência, que o governador passou a mão. A Prefeitura também não fornece os EPIs para os coveiros que trabalham diuturnamente em local insalubre”, finalizou Nivaldo.

O líder da oposição na CMA, vereador Elber Batalha (PSB), mostrou preocupação com a indiferença de Edvaldo Nogueira com os servidores e a população. “Nas propagandas parece que o prefeito não mora em Aracaju, ele deve morar no ‘Fantástico mundo de Bob’. Os cortes nas despesas aconteceram nas áreas mais essenciais da cidade. Este é um governo que não respeita nem os próprios decretos”, ponderou.

A vereadora Emília Corrêa (PEN) afirmou que as propagandas da Prefeitura esconde a realidade. “A gente se depara com um pedido de empréstimo para terminar obras, não quero tirar a importância destas obras, mas não podemos esquecer dos servidores, que são constrói a administração, são que atendem o povo, que podemos esperar?”.

O vereador Jason Neto (PDT) também apresentou preocupação com os servidores municipais. “Sou funcionário público há 29 anos, sei o que é ser servidor público e já senti muita coisa na pele. Quando ocupei o cargo de direção no IPES participei de várias reuniões e sempre me coloquei ao lado dos servidores”.

O vereador Américo de Deus (Rede) também se colocou ao lado dos servidores. “O aumento dos cargos em comissão é jogar a sujeira em baixo do tapete. No discurso era para cortar os CCs em 50% e na prática estão chegando a 100%. Cortar a hora extra dos servidores é um crime, assim como cortar os EPIs dos coveiros. Não podemos deixar acontecer com o Aracaju Previdência o que aconteceu com outros fundos”.

O vereador Seu Marcos (PHS) colocou seu mandato a disposição do sindicato para ajudar na luta dos servidores. “Também sou funcionários público, como agente de endemias, e sei da luta. O prefeito tem que abrir a mesa de negociação”, concluiu.