Câmara aprova, em primeira votação, PL de Ângela Melo que declara Ilma Fontes Patrona da Cultura de Aracaju

por Paulo Victor, Assessoria de Imprensa da parlamentar — publicado 20/10/2021 15h17, última modificação 20/10/2021 15h17
Câmara aprova, em primeira votação, PL de Ângela Melo que declara Ilma Fontes Patrona da Cultura de Aracaju

Foto: Janaína Santos

“Ilma Fontes foi uma mulher inovadora, uma das mentes mais brilhantes, criativas e ousadas de Aracaju e de Sergipe, criou diversas iniciativas vanguardistas em nossa cidade e formou diversas gerações de artistas. Não há um agente cultural de Aracaju que não reconheça em Ilma uma inspiração. Por isso, temos o dever de reconhece-la oficialmente como Patrona da Cultura de Aracaju”.

Com essas palavras, a vereadora Professora Ângela Melo (PT) argumentou sobre a importância do Projeto de Lei 61/2021, de sua autoria, que declara Ilma Fontes como Patrona da Cultura de Aracaju.

Discutido e apreciado pelo conjunto dos parlamentares da Câmara de Aracaju nesta quarta-feira, 20/10, o PL foi aprovado por unanimidade em primeira votação e agora, conforme prevê o Regimento da CMA, seguirá para outras votações.

Ainda de acordo com o Projeto de Ângela Melo, fica estabelecido o dia 10 de abril, data de nascimento de Ilma Fontes, como parte da semana de rememoração da vida e obra da produtora cultural, jornalista, poetisa, médica e cineasta.

De acordo com a propositura, todos os anos, na semana do dia 10 de abril, o poder público municipal deve desenvolver atividades artísticas, seminários, exposições e outros eventos sobre as produções e a história de Ilma Fontes.

 Sobre Ilma Fontes

“Médica de formação, jornalista na atuação e cineasta por sonho”. Assim, Ilma Mendes Fontes costumava se apresentar publicamente. Nascida em 10 de abril de 1947, em Aracaju, Ilma estava prestes a completar 74 anos de uma história de vida marcada pela inquietude, pelo pioneirismo e pela resistência ao ordinário, como estampava em seu periódico O Capital.

Há exatos dois anos, em abril de 2019, Ilma lançou dois livros. O primeiro foi “Nervuras: Poesia em Carne Viva”, obra em que, como ela declarou à época, reunia poemas “esfolados em carne viva”. No mesmo mês, veio “Tempo bom, Tempo ruim”, uma autobiografia que, como disse a própria Ilma, “necessitava de um segundo volume”.

Mas a contribuição de Ilma começou há muitos anos e se deu em diversas áreas. Foi a responsável pela direção do primeiro longa metragem sergipano, “Arcanos – O Jogo”, em 1980; escreveu o roteiro do curta metragem “A Taieira”, de 1986, e da série “A última semana de Lampião”, também de 1986.

Ilma também dirigiu o Departamento de Produção da TV Educativa de Sergipe, onde fez inúmeros documentários, dirigiu programas e coordenou produções audiovisuais.

Presidiu o Conselho Municipal de Cultura, foi presidenta da Funcaju. Foi curadora do Espaço Cultural da Assembleia Legislativa, diretora da Galeria Horácio Hora e do Complexo Cultural Lourival Batista, tendo coordenado os Prêmios Santo Souza (de poesia) e Núbia Marques (de contos).

Integrou o Conselho Estadual dos Direitos da Mulher, o Conselho Estadual de Cultura, foi diretora do Sindicato dos Artistas e Técnicos do Rio de Janeiro, do Sindicato dos Jornalistas de Sergipe e do Sindicato dos Radialistas também de Sergipe.

Ilma foi ainda fundadora da Associação Sergipana de Psiquiatria e fundadora dos jornais Folha da Praia, Vídeo Artes News e Jornal da Cultura. Escreveu em jornais e revistas do Brasil e do exterior, participou de dezenas de antologias de poemas, compôs juris de poesia, teatro, literatura, música, cinema, fotografia e ganhou prêmios locais e nacionais.