Apae Aracaju é tema de Sessão Especial na Câmara

por Fernanda Sales — publicado 25/08/2017 12h18, última modificação 25/08/2017 12h18
Apae Aracaju é tema de Sessão Especial na Câmara

Foto: Gilton Rosas

Na manhã desta sexta-feira, 25, foi realizada no Plenário da Câmara Municipal de Aracaju (CMA) uma Sessão Especial para discutir as atividades desenvolvidas pela Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais de Aracaju (Apae). A sessão é de autoria do presidente da CMA, Nitinho (PSD), através do Requerimento Nº354/2017 e foi presidida pelo vereador Lucas Aribé (PSB).

De acordo com o presidente da Apae de Aracaju, Max Santos Guimarães, a instituição completará no dia 27 de agosto, 49 anos de existência em Aracaju. “A Apae é uma instituição filantrópica que tem o objetivo de cuidar e trabalhar nas áreas de assistência, educação e saúde às pessoas com deficiências. Estamos na Semana Nacional da Pessoa com Deficiência e é um momento muito importante estar aqui na CMA realizando essa sessão especial para a Apae”, informou.

Um dos temas debatidos durante a Sessão foi a dificuldade que a instituição vem enfrentando para se manter. Para o presidente Max, apesar da Apae ser uma instituição filantrópica que passa por dificuldades, a instituição consegue dar uma boa assistência às pessoas com deficiência. “A instituição não é só para as pessoas com deficiências, mas também aos seus familiares. Atualmente, temos um convênio com o Centro de Reabilitação de Aracaju para dar uma maior assistência às pessoas com deficiência”, acrescentou.

O vereador Lucas Aribé (PSB) destacou que as instituições filantrópicas existem por conta da falta de respeito e da prestação de serviço do poder público. “O poder público foge da sua responsabilidade, não olha para as pessoas com deficiências e agora vemos que existe uma legislação que obriga o poder público a auxiliar essas instituições. Quero dizer que a pessoa com deficiência não precisa de esmola, precisa de respeito”, frisou o parlamentar que ainda elogiou o belo trabalho da Apae para manter a qualidade nos serviços prestados às pessoas com deficiências.

Para o presidente da Federação das Apaes de Sergipe, Carlos Mariz de Melo, a CMA é um espaço que também serve para mostrar a importância da assistência às pessoas com deficiências. “Essa Casa é responsável pela criação de diversas leis e é muito importante estarmos aqui realizando um momento de explanações sobre a Apae. São cerca de 530 assistidos em todo o estado de Sergipe, distribuídos em cinco cidades: Aracaju,  Nossa Senhora do Socorro, Itabaiana, Lagarto, Tobias Barreto e brevemente teremos em Neópolis. Também estamos lutando a Apae em Canindé e Simão Dias”, disse.

A coordenadora pedagógica da Apae Aracaju, Jaqueline de Souza, falou emocionada sobre o trabalho da associação e parabenizou todos os professores e assistidos . “Para aqueles que querem saber o que é a Apae, faço um convite para que todos possam ir lá conhecer pessoalmente, pois só assim, podem saber a grandiosidade dessa instituição”.

Murillo César de Oliveira, representante da secretária de Assistência Social e vice-prefeita de Aracaju, Eliane Aquino, destaca que o trabalho filantrópico é muito importante para auxiliar os serviços públicos. “Essas instituições fazem uma grande parceria com os órgãos públicos para melhorar a assistência. Infelizmente, só o serviço público não consegue dar conta das demandas e hoje a Apae tem uma grande parceria com o municio de Aracaju para melhorar a assistência das pessoas com deficiência”, afirmou.

O participante da Sessão e assessor paramentar, José Antônio da Silva, parabenizou Nitinho pela autoria da propositura e elogiou o grande trabalho realizado pela Apae para as pessoas com deficiências. Hugo Osmar Barbosa é assistido pela Apae e, emocionado, agradeceu a todos por esse momento. “Quero agradecer a todos e peço que vocês nunca deixem de ajudar a Apae, porque tem muita gente que precisa da Apae. Lá sou bem assistido, faço capoeira, judô e participo de todos os eventos”. José Roberto Ferreira, que também é assistido pela Apae, falou que a Apae faz parte de sua vida. “Sou um dos mais velhos da associação, acho que ela tem a minha idade”.

Vereadores

Também estiveram presentes durante a sessão os vereadores Iran Barbosa (PT), Emília Corrêa (PEN), Kitty Lima (Rede) e Américo de Deus (Rede). Segundo a vereadora Emília Corrêa, as instituições sem fins lucrativos têm muito mais significado e fazem muito mais do que as instituições do poder público. “Quem menos tem condições de se manter é que mais faz o bem para as pessoas. É muito lindo quando a gente vê que tem tantas coisas que a gente pode cuidar e colaborar. O valor de uma ajuda ou de uma contribuição pode não ser material, apenas um carinho, uma palavra de estímulo, um cuidado médico, psicológico é uma forma de contribuir e abraçar esta causa. Por isso, tenho certeza que esses valores existem na Apae e parabenizo não só a Apae, mas todos que fazem parte dessa instituição e que contribuem de alguma forma para o seu crescimento”, frisou a parlamentar.

Kitty Lima destacou que sabe a grande dificuldade das instituições filantrópicas para se manterem. “Eu tenho uma ONG e sei como é difícil manter. O que mais estimula para continuar tentando com o projeto é o amor que temos por aquilo que fazemos pelo bem. Espero que vocês não desistam, porque são instituições como a Apae que fazem a diferença na assistência aos deficientes”.

Iran Barbosa afirmou que o que a Apae faz com qualidade, seria o mínimo que o Poder Público tem a obrigação de fazer para dar cidadania à população, por meio das políticas públicas. “Destaco que quando um vereador faz um projeto defendendo educação, saúde e assistência, também é uma forma de lutar pela causa das pessoas com deficiência. A Câmara de Aracaju também é um palco de luta cotidiana para garantir os direitos das pessoas com deficiências”, explanou.

Américo de Deus também destacou que sabe a dificuldade de manter uma instituição filantrópica. “Esse país precisa de mais investimento nas políticas públicas sociais para auxiliar as pessoas com deficiências. E essas entidades como a Apae, precisam do nosso apoio como parlamentares para se fortalecerem”, finalizou.