“Um presidente que foi eleito democraticamente foi preso por atentar contra nossa democracia”, disse Sonia Meire

por Manuella Miranda- Assessoria de Imprensa do Parlamentar — publicado 27/11/2025 12h50, última modificação 27/11/2025 12h51
“Um presidente que foi eleito democraticamente foi preso por atentar contra nossa democracia”, disse Sonia Meire

Foto: Luanna Pinheiro

Durante o grande expediente na Câmara Municipal de Aracaju (CMA) nesta quinta-feira, dia 27, a vereadora professora Sonia Meire (PSOL) utilizou a tribuna do plenário da casa parlamentar para destacar a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Desde o último dia 22, quando tentou violar a tornozeleira eletrônica, o ex-presidente está preso na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, e na última terça-feira, dia 25, começou a cumprir a pena de 27 anos e 3 meses, que foi condenado como líder da organização criminosa que tentou dar um golpe de Estado e permanecer no poder.

 
“Nós estamos tendo, pela primeira vez na história, aquilo que não foi possível no período de redemocratização, mesmo com o relatório da verdade, não tínhamos ainda nenhum general preso, nenhum responsável pelas torturas, nenhum responsável por aqueles que comandaram ações de torturar e matar, responderem pelos seus atos. E hoje nós temos generais e um ex-presidente presos. É lamentável o que nós vivemos nesses últimos períodos pós ditaduras, e neste caso um presidente preso por atentar contra nossa democracia, que foi eleito democraticamente. E que, desde o dia que foi eleito, defendeu torturadores e cometeu atos contra as mulheres”, disse a vereadora.
 
Em setembro, o ex-presidente Bolsonaro foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e seus advogados recorreram, inclusive questionando o tamanho das penas impostas, mas os ministros consideraram os pedidos improcedentes. Pela primeira vez um ex-presidente é condenado por tentativa de golpe de Estado, além dele mais sete aliados também foram condenados, entre ex-auxiliares e militares.
 
“O pior de tudo foi a sua responsabilidade com as vidas no período mais crítico da pandemia. Além de todas as tentativas de controlar o estado brasileiro e abrir as porteiras para a corrupção cada vez mais. Bolsonaro foi julgado, foi condenado e está preso. Nós estamos passando a limpo a história deste país e a luta não para por aqui. A nossa luta continuará firme para que isso nunca mais aconteça e para que esses atos não se repitam contra a nossa jovem e frágil democracia brasileira, e as mulheres continuaram nesta luta, como fizemos esta semana em Brasília”, finalizou Sonia Meire.