Procuradoria da Mulher realiza ação educativa em escola de Aracaju sobre violência doméstica

por Isabel Chaves, Agência Câmara Municipal de Aracaju — publicado 18/09/2025 09h53, última modificação 18/09/2025 09h53
Procuradoria da Mulher realiza ação educativa em escola de Aracaju sobre violência doméstica

Foto: Débora Melo

A Procuradoria da Mulher da Câmara Municipal de Aracaju promoveu mais uma ação educativa em uma escola da capital sergipana, reforçando o compromisso com o enfrentamento à violência contra a mulher. A atividade faz parte do projeto “Procuradoria Itinerante”, que leva informações importantes às comunidades e instituições de ensino.

“Nosso objetivo é que os adolescentes saibam reconhecer situações de abuso, identificar relacionamentos não saudáveis, entender que chantagem, ciúmes excessivos, não fazem parte de um relacionamento saudável. A ideia é deixar essa marca no coração deles para que saibam também como procurar ajuda”, disse a advogada da Procuradoria da Mulher, Vanessa Reillane.  

Com uma linguagem acessível e direcionada ao público jovem, a equipe multiprofissional da Procuradoria apresentou os diferentes tipos de violência de gênero, explicou como identificá-los e destacou os canais disponíveis para denúncias. 

A psicóloga da Procuradoria, Karol Almeida, ressaltou que é importante não ignorar sinais de violência. “Muitas vezes podem achar que é um cuidado, um carinho, um amor excessivo e, na verdade, não é. Podem ser sinais de violência que eles precisam prestar atenção e, aumentando, eles precisam reagir”. 

A estudante Maria Clara Rodrigues afirmou que a palestra foi essencial para que ela compreendesse melhor o que configura violência e como buscar ajuda de forma segura. Já Maria Fernanda Santiago ressaltou a importância de estar atenta a sinais muitas vezes ignorados, mas que também caracterizam formas de violência.

A professora de História, Roberta Trindade, lembrou a importância das instituições de ensino também estarem envolvidas com o debate e conscienitização sobre a violência contra as mulheres. “Momentos como esse mostram que estamos tendo um olhar não só na formação da escola, do aprendizado, da educação, mas a sociedade em si está preocupada com a situação da violência. E isso é crucial para o desenvolvimento dos nossos jovens”, falou. 

Além disso, o debate precisa incluir também os homens, como forma de contribuir para a construção de uma sociedade mais justa, com relações baseadas no respeito mútuo. “A gente tem que aprofundar o debate, principalmente com os meninos, para que comecem a entender melhor como funciona o enfrentamento de casos de feminicídio e também das brincadeiras de mau gosto”, defendeu o estudante Ericky Pereira.