Vereadora Sonia Meire fiscaliza Maternidade Lourdes Nogueira

por Manuella Miranda- Assessoria de Imprensa do Parlamentar — publicado 03/04/2025 12h22, última modificação 03/04/2025 12h22
Vereadora Sonia Meire fiscaliza Maternidade Lourdes Nogueira

Foto: Manuella Miranda

Desde o ano passado, ainda durante a antiga gestão, que as polêmicas em torno da Maternidade Municipal Lourdes Nogueira, no bairro 17 de Março, na zona sul de Aracaju, estão em pauta. E na última segunda-feira (31), a vereadora Sonia Meire (PSOL) foi até a unidade de saúde fiscalizar o local e conversar com os gestores sobre as denúncias que vêm sendo feitas. E nesta quinta-feira (03), a parlamentar utilizou a tribuna na Câmara Municipal de Aracaju (CMA), durante o grande expediente, para destacar alguns dos problemas.

 
“Nós fomos até a Maternidade Lourdes Nogueira na última segunda e eu conversei com os seus gestores. A pauta por uma maternidade pública municipal é uma pauta histórica das mulheres e da população aracajuana. No dia da inauguração, nós estávamos lá conversando com a população e dizendo que nós queremos sim maternidade, mas uma maternidade totalmente pública. E ela foi entregue, a partir de uma chamada pública, para uma empresa, desde então, a mesma que está agora deixando de operar, que é o Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS). Uma maternidade que tem apenas dois anos, e o contrato com a empresa seria de cinco anos. No geral, a unidade vinha funcionando com qualidade atestada por funcionários e pela população, com atendimento humanizado, UTI neonatal e presença de doulas, mas ,nos últimos meses, do ano passado para cá, alguns problemas vêm acontecendo”, disse a vereadora.
 
Segundo a Associação Sergipana de Doulas, a Lourdes Nogueira tem um serviço de excelência, um índice de satisfação altíssimo, com boas práticas dentro do que o Ministério da Saúde propõe. Mas as doulas vêm observando demissões de funcionários, e agora receberam a informação de que haverá redução de leitos, que a maternidade seria aberta para outras cirurgias ginecológicas, e que não seriam contratados mais profissionais para o aumento desses procedimentos. Elas, desde que as medidas foram anunciadas, preveem que pode haver uma superlotação, que os serviços serão acelerados, o que pode obrigar a usar medidas para acelerarem os trabalhos de partos, aumentando os riscos.
 
Na quarta-feira (2), o diretor da Maternidade Lourdes Nogueira anunciou que o Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde rescindiu o contrato com a Prefeitura de Aracaju. Segundo ele, a rescisão se dá em acordo com a gestão municipal, uma decisão amigável, muito consciente, motivada principalmente em decorrência de débitos existentes do exercício anterior, mais especificamente dos meses de novembro e dezembro. O gestor também informou que os débitos estão passando por um processo de auditoria e que todos os pagamentos foram suspensos para que houvesse esse processo. A empresa continuará atuando até o dia 30 de abril.
 
“Nós precisamos observar que a proposta de redução de 20% em todos os contratos, no caso da maternidade, o impacto dos recursos recebidos, que são 15 milhões, 70% vão para pagar a folha de pagamento de trabalhadores e trabalhadoras. Então, como reduzir 20%, sem impactar nos trabalhos e,  pior, aumentar a prestação de serviços e serviços complexos como os que têm sido propostos. Nós estamos acompanhando e atentas a todo esse processo. Com essa chamada emergencial, estamos preocupado, como  demissão dos trabalhadores e os pagamentos que estão em atraso. Preocupa- nos sim essa mudança agora e queremos reafirmar nosso compromisso de continuar fiscalizando, acompanhando e observando todos os detalhes do que está sendo proposto na redução dos custos, inclusive o tipo de serviço que será oferecido, e como isso vai implicar no atendimento de qualidade para a população aracajuana”, finalizou Sonia Meire.