Vereadora Linda Brasil cobra renda básica, vacinação e auxílio emergencial para a população

por Laila Batista - Assessoria de Imprensa da parlamentar — publicado 28/10/2024 07h00, última modificação 28/10/2024 15h09
Vereadora Linda Brasil cobra renda básica, vacinação e auxílio emergencial para a população

Por Assessoria da Parlamentar

A parlamentar Linda Brasil (PSOL) falou, na manhã desta terça-feira, 09, no grande expediente da Câmara, sobre a importância da Audiência Pública ocorrida em alusão ao 8 de março. Agradeceu às vereadoras e vereadores presentes, no evento, e ressaltou a necessidade da implementação do Plano Municipal de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher.

“Ontem, discutimos e solicitamos que o prefeito coloque em execução o Plano de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher, construído pela sociedade civil organizada em conjunto com os órgãos do poder público”, ressaltou.

Linda destacou a importância da participação dos homens na luta contra a violência praticada contra mulheres, do caráter pedagógico na participação desses espaços para a mudança, para a transformação. “Os homens precisam ser nossos aliados. Para isso, eles precisam reconhecer e desconstruir seus lugares de privilégios e papéis de opressores. O machismo é estrutural e cultural, em nossa sociedade, portanto, as mudanças são uma combinação de políticas anti sistêmicas dessa estrutura machista, misógina e patriarcal e ações de reeducação. Precisamos discutir com toda a população sobre os papéis sociais, o que é ser homem e o que é ser mulher. Somente assim iremos diminuir a violência”, explicou.

Mais um episódio de violência contra mulher Trans

A vereadora relatou um episódio de violência sofrida por uma jovem trans que, ao se recusar sair com um homem, foi esfaqueada, o que exemplifica os resultados do machismo sistêmico na sociedade.

Ela destacou o papel que as mulheres têm desempenhado frente à crise sanitária da Covid-19. Colocou que as mulheres têm sido as maiores vítimas da pandemia, exemplificou com o caso de Neide Silva, conhecida como Tia Neide, assessora da mandata, que, nesse momento, está na UTI, em Estância, o que denuncia que os dados informados de 70% das ocupações, nas UTI's, não explicam a necessidade de remover pacientes para outros municípios. Linda cobra à prefeitura o retorno dos direitos para a população.

“É importante que a prefeitura garanta o retorno do auxílio emergencial, que conceda a renda básica, a vacina para todas as pessoas. Para parar essa pandemia, é necessário que todas as aracajuanas e aracajuanos sejam vacinadas/os”, cobrou.

Linda ainda clama pelo fim da chamada “cultura de gênero”, criada com base em fake news e que alimenta as opressões. Para ela, a informação é a arma mais importante para as transformações necessárias.

“Precisamos parar de alimentar a fake news, é preciso discutir os papéis de gênero. Precisamos nos informar para não seguir fake news e acabar elegendo uma pessoa sem escrúpulos, como esse presidente que está aí. Ele não tem capacidade de assumir nada, nem administrar a vida de outras pessoas, a política dele é uma política da morte!”, alerta a vereadora.

Todas as instituições democráticas precisam unir forças para tirar esse genocída que está no poder, precisamos retirá-lo para não retroceder. Nós, mulheres, não iremos mais voltar para os quartinhos

Linda Brasil enaltece o papel das mulheres na linha de frente de combate à Covid-19

Linda Brasil destacou o trabalho desenvolvido pelas mulheres que estão na linha de frente no enfrentamento à pandemia da Covid-19. “Mulheres da linha de frente, as auxiliares de limpeza, auxiliares de enfermagem, médicas, enfermeiras e fisioterapeutas, a todas vocês, guerreiras, minha mais sincera admiração por vocês estarem atuando na linha de frente. Queria destacar as mulheres que estão esquecidas, essas que têm seus trabalhos invisibilizados, não reconhecidos e não valorizados. Se arriscam em ônibus cheios, no comércio informal, no trabalho doméstico, estão mais vulneráveis em suas casas, onde muitas vezes são vítimas de violência. Por essas mulheres, precisamos unir esforços para garantir dignidade a todas elas.”, declarou.

A parlamentar trouxe dados alarmantes, pois, segundo pesquisa da Ong Sempre Viva, 50% das mulheres brasileiras passaram a cuidar de crianças, idosos, pessoas com deficiência na pandemia. Esse dado sinaliza a má distribuição de tarefas domésticas.
“58 % das mulheres desempregadas são mulheres negras; 61 % das mulheres que estão na economia solidária são negras. Isso é sobre racismo estrutural e institucional, como acontece com o machismo e a lgtfobia. A pobreza e a violência foram o legado deixado para as mulheres devido à pandemia, como aponta a ONU.”, acrescenta.

Diante desse cenário de desigualdades, a parlamentar volta a afirmar da urgência das garantias de direito e da importância de todas/todos/todes se posicionarem contra a permanência de um genocida no poder.

“Todas as instituições democráticas precisam unir forças para tirar esse genocida que está no poder, a pessoa mais atrasada e reacionária que o Brasil já teve. Precisamos retirá-lo para não retroceder. Nós mulheres não iremos mais voltar para os quartinhos, para as cozinhas e nem para os espaços subalternizados. Estou muito indignada com tudo que está acontecendo, falta de informação, falta de respeito à ciência, falta de respeito às liberdades individuais, para superar isso temos que tirar esse genocida do poder. Não vamos aceitar tantas retiradas de direito da classe trabalhadora, dos movimentos sociais e de tantas conquistas de direitos!”, afirma a parlamentar.