Vereador Isac fala em atentado à democracia e pede que a CMA não fique em silêncio

por Bruna Cury, assessoria de imprensa do parlamentar — publicado 28/02/2020 10h56, última modificação 28/02/2020 10h56
Vereador Isac fala em atentado à democracia e pede que a CMA não fique em silêncio

Foto: César de Oliveira

O vídeo divulgado pelo presidente Jair Bolsonaro, na terça-feira de carnaval, foi debatido entre os parlamentares na Câmara Municipal de Aracaju (CMA) na única Sessão desta semana. O assunto foi abordado pelo vereador Isac Silveira (PCdoB), durante o Grande Expediente.

Isac, que é historiador formado pela Universidade Federal de Sergipe, relembrou aos colegas parlamentares fatos da década de 60. “No dia 19 março de 1964 foi chamada uma marcha: ‘Por Deus, pela Família e pela Liberdade’. Essa marcha foi a primeira iniciativa antes do golpe de 31 março de 64”, lembrou o vereador, que também falou sobre a democracia.

“A democracia pode ser muitas vezes questionada e até colocada em dúvida, mas ninguém conhece até hoje, no mundo, um sistema político mais avançado que a democracia”, complementou.

Vídeos de dois músicos foram exibidos no parlamento. Sérgio Britto (integrante da Banda Titãs) e Arnaldo Antunes publicaram em suas redes sociais repúdio contra informações utilizadas pelo governo, com músicas de autoria dos mesmos. Em seguida Isac lembrou que o parlamento também não pode se calar. “Quem está apoiando a essa manifestação está apoiando um golpe militar que está em curso nesse país. Não podemos nos calar com o atentado à democracia, a repressão da liberdade democrática de existir, de escolha do povo brasileiro”, frisou Isac.

“Não é uma questão de amar Jair Bolsonaro, admirá-lo ou odiar Lula e vice e versa. O que está em curso é que esse governo não consegue tirar o país do atoleiro que entrou. E repito o que já disse aqui: não foi Jair Bolsonaro que colocou o Brasil nessa desgraça. Mas ele não tem conseguido dar sinais de reação. E agora qual a iniciativa do governo? Um ato contra o congresso. Isso não tem fundamento”, afirmou.