Sonia Meire destaca o Dia da Professora e do Professor

por Manuela Miranda - Assessoria de Imprensa do Parlamentar — publicado 15/10/2025 12h14, última modificação 15/10/2025 12h14
Sonia Meire destaca o Dia da Professora e do Professor

Foto: Luanna pinheiro

Durante o grande expediente, na Câmara Municipal de Aracaju (CMA), nesta quarta-feira, dia 15, dia em que se comemora o dia dos professores e das professoras, a vereadora professora Sonia Meire (PSOL) utilizou a tribuna para destacar esse dia e os desafios da  educação no nosso país. Esse dia nacional foi formalizado em 1963, e em 2025 , completa 62 anos de regulamentação dessa profissão de formar brasileiras e brasileiros em todo país.

 

“Quero fazer um agradecimento especial à minha mãe, que é professora, e aos meus professores e professoras, porque , hoje, nós estamos comemorando e fazendo alusão à essa data, do dia do professor e da professora. Esse dia foi formalizado como o dia nacional das profissionais e dos profissionais da educação em 1963 e essa data tem a minha idade, com 62 anos que foi regulamentado. A nossa profissão, não chega a  lugar nenhum, nem consegue avançar no seu processo, seja de socialização, seja de formação pedagógica, científica e cultural, sem a participação ativa de professoras e professores. A luta na defesa do acesso universal da educação é uma luta das famílias brasileiras no nosso país, e uma luta de educadoras e educadores. Nos anos 80, as famílias foram às ruas não só para lutar por alimentos e pela baixa dos preços, mas também pela universalização da educação”, disse a vereadora.

 

Os dados estatísticos ,até o final dos anos 80, eram de que a população do meio rural não tinha acesso à educação. Em Sergipe, Sonia Meire criou o primeiro projeto para alfabetizar filhos de trabalhadores e trabalhadoras rurais, que depois se transformou em um programa nacional. “As escolas rurais eram pequenas, quando existiam, onde diretoras eram também professoras e faxineiras das escolas. E nós lutamos fortemente para que todas as áreas tivessem escolas, inclusive em assentamentos da reforma agrária, junto com os movimentos sociais do campo. Tinha uma lona ensinando crianças a ler e a escrever, porque a escrita, a leitura e o conhecimento não estão acessíveis à todas as pessoas. É preciso que se tenha a instituição educação para ser ter acesso ao conhecimento. Hoje, por meio dos celulares, você tem todo tipo de informação, mas não tem a garantia da informação, nem do conhecimento que é passado por esses meios.

 

A parlamentar do PSOL também destacou que é a escola que é a instituição por excelência, e que deve ser um dever do estado mantê-la com qualidade e laica para todos e todas. “É essa escola que lutamos e defendemos, com educação crítica e libertadora, a partir daquilo que sempre foi colocado por grandes mestres da educação, como o grande professor Paulo Freire. A realidade da vida tem que estar nas escolas. Eu como professora que fui de formação de novos professores e professoras, sempre partir da realidade, para que nossos estudantes construam conhecimentos, que possam inclusive mudar a realidade quando ela for desigual, discriminatória, quando ela tiver uma base racista. A nossa luta é para que possamos ter educação de qualidade”.

 

Sonia Meire, no seu discurso, também demonstrou seu apresso a todos os professores e professoras que trabalham na rede privada, que são profissionais dedicados e que até hoje não são remunerados, não tem seu piso nacional garantido, que não têm seus direitos e nem estabilidade, que sofrem vários tipos de assédios na sua profissão e não tem autonomia no seu trabalho pedagógico. Além disso, a vereadora destacou que a luta por reconhecimento e valorização profissional ainda são grandes.

 

“Tivemos avanços no governo Lula, como o piso nacional e a carteira nacional de professores, que reconhece esses profissionais, mas continuamos lutando para que ,em todo país l, o reajuste do piso seja efetivado. Sabemos que essa luta é gigante e que não é só da classe, mas sim de toda sociedade brasileira, para que toda criança esteja nas escolas e que a política pública amplie a universalização da educação. O recurso da educação tem que ser prioridade nacional, porque não existe uma educação que transforme a realidade, emancipando as pessoas, fazendo com que elas sejam livres no campo do pensamento, das ideias e das ações, se não tivermos uma educação universalizada, crítica e de qualidade. Portanto, nesse dia de hoje, eu espero que possamos enaltecer todas as práticas, todo o trabalho de formação que tem sido feito para garantir a soberania da nossa nação, para garantir a liberdade de escolha e uma formação de qualidade em todos os níveis. Viva os professores e as professoras! Viva educadores e educadoras!”, finalizou a professora Sonia Meire.