Prioridade de Ângela Melo, criação da Renda Básica Municipal é aprovada para o Plano Plurianual de Aracaju

por Paulo Victor Melo, Assessoria de Imprensa da parlamentar — publicado 17/12/2021 12h50, última modificação 17/12/2021 12h50
Prioridade de Ângela Melo, criação da Renda Básica Municipal é aprovada para o Plano Plurianual de Aracaju

Foto: Gilton Rosas

“A escravatura atual é a fome”. As palavras da escritora negra Carolina Maria de Jesus, publicadas no início da década de 1960, são bastante atuais em um país que tem, atualmente, quase 20 milhões de adultos, crianças e idosos passando fome todos os dias.Para enfrentar esta realidade, desde o início do seu mandato na Câmara Municipal de Aracaju, a vereadora Professora Ângela Melo (PT) tem defendido a necessidade de criação da Renda Básica Municipal enquanto uma política pública permanente destinada às famílias mais vulnerabilizadas da cidade.

Após um conjunto de iniciativas da parlamentar neste sentido, a CMA aprovou, na tarde desta quinta-feira, 16, a emenda de Ângela ao Plano Plurianual (PPA 2022-2025) que garante a criação da Renda Básica. “Temos a cada dia mais pessoas nos semáforos, vemos mais famílias pedindo comida nas ruas e muita gente perdendo o seu sustento. A realidade de desigualdades, que foram agravadas na pandemia, exige urgência na criação de uma renda específica para auxiliar essas pessoas que são cidadãs e cidadãos de Aracaju”, defendeu Ângela.

A preocupação de Ângela se sustenta em estudos como o relatório “Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no contexto da pandemia de covid-19 no Brasil”, que demonstrou que mais de 116 milhões de brasileiras e brasileiros vivem em situação de insegurança alimentar, o que representa 55% da população do país. Numa situação ainda mais grave, de acordo com a pesquisa, estão 20 milhões de pessoas, uma média de 9% da população, que passam fome no Brasil. Apresentando indicadores oficiais, a vereadora destacou ainda que Aracaju é um infeliz exemplo do aprofundamento das desigualdades sociais e econômicas. “De acordo com pesquisa do IBGE, Aracaju é a terceira capital mais desigual do Brasil e isso foi escancarado na pandemia”, disse.