Na 103 FM, Bittencourt fala sobre as demandas em Brasília e destaca a reconstrução de Aracaju

por Acácia Mérici, Assessoria de Imprensa do parlamentar — publicado 02/06/2017 11h20, última modificação 29/11/2017 17h22

Durante entrevista ao jornal Primeira Mão da 103 FM, nesta sexta-feira, 2, o vereador Professor Bittencourt (PCdoB), líder do prefeito na Câmara Municipal de Aracaju (CMA), falou sobre os trabalhos da atual gestão da Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA) e a ida da comitiva à Brasília para buscar recursos que atendam aos anseios da população.

“Um encontro muito positivo. As divergências ideológicas e partidárias foram colocadas por terra. Fomos muito bem recebidos pelo deputado André Moura, que estabeleceu uma relação republicana. Edvaldo Nogueira tem interlocução com o Governo Federal, foi eleito prefeito de todos os aracajuanos, governa homens e mulheres de esquerda, de direita e apartidários. Todos os encaminhamentos relacionados ao Forró Caju foram avançados. Agora é aguardar e torcer”, afirmou Bittencourt.

Ao ser abordado sobre a possibilidade da não realização do Forró Caju este ano, devido às dificuldades financeiras enfrentadas pela PMA, o vereador ressaltou que a gestão sabe da importância que a festa tem para o turismo e para a economia. Porém, existem outras prioridades mais urgentes, a exemplo da manutenção de saúde e o pagamento da folha salarial em dia.

“O Forró Caju é um patrimônio de Sergipe. Certos setores torcem ‘pelo quanto pior, melhor’. Neste momento, eles reclamam da possibilidade da não realização. Sendo concretizado, reclamarão que o dinheiro gasto poderia ir para outros fins. O prefeito tem dito claramente que, se não tem dinheiro, as prioridades são as necessidades básicas. Edvaldo Nogueira sempre respeitou os artistas da terra, pagando imediatamente após as festas. Existem artistas que não receberam no ano passado”, comentou Bittencourt.

O parlamentar apontou, ainda, que “a administração recebeu a cidade com atraso de duas folhas de pagamento. A PMA regularizou. Pagar o salário é bom não apenas para o servidor, mas também para a cidade, R$ 430 milhões já foram injetados na economia. Pagar o servidor em dia é obrigação e a Gestão faz um esforço hercúleo para isso. Recebemos a cidade com desordem financeira e administrativa sem precedentes, um rombo de R$ 800 milhões. Nesse processo de reconstrução é preciso ter cuidado, paciência e, sobretudo, compromisso para saber onde, dentro da dificuldade, alocar recursos X ou Y”.

Bittencourt destacou outros encaminhamentos feitos durante a passagem por Brasília esta semana. Segundo o parlamentar, o prefeito Edvaldo Nogueira está viabilizando recursos junto à Caixa Econômica Federal para seja retomado o Projeto de Mobilidade Urbana de Aracaju.“Edvaldo deixou pronto, aprovado e com recursos na conta da prefeitura. Mas o sucessor não deu continuidade e não tinha contrapartida. Agora, Edvaldo está retomando e o dinheiro já ia ser perdido. Após o diálogo com a Caixa e o Governo Federal, os valores serão corrigidos e o Plano reiniciado”, destacou.

Além disso, a PMA está conseguindo, junto à Caixa, viabilizar recursos para contrapartidas de obras. “Dessa forma, a PMA poderá retomar 20 obras, das 40 que Edvaldo deixou encaminhadas e a última gestão negligenciou. São obras no loteamento Moema Meire, reconstrução de escolas, etc”, salientou.

Para Bittencourt, Aracaju vive um momento de organização e a população, de todos os bairros, está contribuindo. “É preciso cuidar do dia a dia da casa. Aracaju estava descuidada. A Prefeitura retomou os contratos de limpeza, está desobstruindo os canais e as bocas de lobo. Todos os pontos da cidade foram comprometidos com a chuva, a exemplo da avenida Euclides Figueiredo. A obra do bairro 13 de julho, de certa beleza paisagística, foi feita sem estudo de impacto ambiental, dando consequências no bairro e adjacências. O canal já está assoreado e tem que sempre dragar. Os alagamentos no São José, 13 de julho e Praça da Imprensa potencializaram. Foi uma obra irresponsavelmente feita”, pontuou.

Diálogo

Bittencourt destacou o bom relacionamento que a bancada de situação tem com o prefeito Edvaldo Nogueira. “Temos uma relação de independência. Edvaldo respeita o Parlamento, foi vereador por duas vezes. Estamos cada vez mais dialogando. Somos homens dispostos a colaborar e temos feito isso. Nossa base tem a liberdade da crítica. Ser da bancada não significa ser tutelado. A relação é muito respeitosa”, afirmou.

Sobre a oposição na CMA, o vereador Bittencourt afirmou que “a bancada optou por uma ação sistemática de oposição por oposição. Não se faz política assim. Criticar por criticar não é política. É preciso ter embasamento e equilíbrio”.

Bittencourt parabenizou a atual legislatura da CMA. “Seja na situação ou oposição, os debates são sempre densos e qualificados. Com devido respeito à legislatura anterior, a CMA deu um salto qualitativo que a própria sociedade espera que o parlamento tenha. É grande a quantidade de requerimentos e projetos de lei. Estamos no processo de revisão do Regimento, que é da década de 70. Houve uma renovação e grandes surpresas. São vereadores com ligação direta com a comunidade, presentes nos problemas de Aracaju. O papel da Casa é de fiscalização, propor e acompanhar”, destacou.