Meireles revela que cirurgiões se recusam a realizar procedimento tradicionais, obrigando a pagar à laser

por Assessoria de Imprensa do parlamentar — publicado 13/11/2019 17h21, última modificação 13/11/2019 17h21
Meireles revela que cirurgiões se recusam a realizar procedimento tradicionais, obrigando a pagar à laser

Foto: Gilton Rosas

O vereador Fábio Meireles apelou hoje (13) à Secretaria de Estado da Saúde que encontre uma forma de fazer com que os cirurgiões que atuam no sistema público de saúde realizem cirurgias, para a retirada de cálculos renais, por meio da intervenção cirúrgica tradicional. Em discurso na Tribuna da Câmara Municipal, ele contou que os pacientes com cálculo renal, além de enfrentar a longa espera para ter acesso à cirurgia, em geral, têm se deparado com a exigência de profissionais que só querem realizar o procedimento à laser.

“Os senhores imaginem a via-crúcis que as pessoas enfrentam para conseguir um atendimento, diagnóstico, exames até o decreto da necessidade da cirurgia. Entre a marcação e o dia do atendimento, levam-se meses, o que acaba por comprometer, ainda mais a saúde desse paciente. E, ao marcar a cirurgia, depara-se com a indisposição do profissional em fazê-la pelo método tradicional, ou seja, por bisturi, que é a única forma que o Sistema Único de Saúde libera”, denunciou Fábio.

Ele ressaltou que quando um paciente se submete a ficar esperando pelo SUS é por não dispor de recursos para pagar sequer uma consulta. “Se ele passa meses numa fila, é porque não tem o dinheiro para pagar. E como vai fazer uma cirurgia à laser. É preciso ter espírito altruísta e solidário”, afirmou o vereador.

Com essa exigência da maioria dos profissionais, o processo acaba indo parar na Justiça que, por conta das demandas, nem sempre consegue ser célere. “É preciso mais espírito humanitário. Importar-se mais com a dor do outro. Se está no SUS é porque não pode pagar um plano de saúde. E como vai custear uma cirurgia à laser. Espero que o Governo do Estado, através da Secretaria de Saúde, possa conversar com esses profissionais e fazê-los entender o perfil de quem busca o Sistema Único de Saúde, o faz por necessidade e não por opção ”, afirmou Meireles.