Linda Brasil presta homenagem à comunidade no Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+

por Laila Oliveira, Assessoria de Imprensa da parlamentar — publicado 28/06/2022 12h34, última modificação 28/06/2022 12h34
Linda Brasil presta homenagem à comunidade no Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+

Foto: Assessoria da parlamentar

A luta pelo respeito e direito à uma vida digna ainda é um caminho longo para algumas populações, a exemplo da comunidade LGBTQIA+ que ainda ocupa o ranking nas estatísticas de vítimas de violência e homicídio em todo o mundo. Diante da importância da data histórica, que marca uma luta internacional pelos direitos das pessoas LGBTQIA+, a vereadora Linda Brasil (PSOL), refletiu sobre a celebração e conscientização da data na manhã desta terça-feira, 28.

“Hoje é uma dia de reflexão, de entendermos que é muito importante a gente poder se vestir, se apresentar socialmente da forma que se sente bem e se sente feliz. O erro é da sociedade machista, misógina, Lgbtfóbica, que tenta negar os nossos direitos. O erro é usar o nome de Deus para dizer que somos uma aberração, dizer que não somos filhas/os de Deus. É como crista que sei que Cristo, um servo da verdade, jamais iria me condenar por hoje eu estar ocupando a cadeira na Câmara, e, estar exercendo com muita dignidade, com muita coragem, a minha condição de mulher travesti, de mulher trans. Tenho certeza que Jesus onde ele estiver, estará conosco, e com todas as pessoas LGBTQIA+ desse país que lutam por dignidade, que a gente tenha nosso direito de voz, e que não sejamos mais silenciadas/os/es. Não podemos mais ser machucadas pelas pessoas que deveriam nos proteger e nos acolher, no ambiente familiar. Nós temos que lutar contra toda forma de ódio e opressão, e viva o amor e o respeito”, afirmou.

O discurso da parlamentar expressou a urgência de mudança nas políticas públicas e legislação no país, uma vez que o Brasil ocupa o primeiro lugar no ranking pelo quarto ano consecutivo, como o país que mais extermina pessoas LGBTQIA+. Segundo dados do Observatório de Mortes e Violência contra LGBTI+, houve um crescimento de 33% no número de mortes violentas dessa população.

A ocupação nos espaços de poder tem sido uma das pautas de maior expressividade, já que através da disputa e propostas de políticas públicas, é possível mudar essa realidade de invisibilidade, violência e silenciamento. De acordo com um levantamento feito pela Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), nas Eleições mais recentes, em 2016, apenas 26 pessoas ligadas à causa saíram vitoriosas. Em 2020 ocorreu um avanço significativo das lutas, segundo o Programa Voto com Orgulho (2020) da Aliança Nacional LGBTI+, foram registradas 585 adesões de pré-candidaturas atuantes em prol da agenda da diversidade de gênero, além disso, as candidaturas LGBTQIA+ receberam 450.864 votos sendo eleitas 93 suplências. Em Aracaju a maior expressão do fortalecimento dessa luta foi a candidatura e vitória de Linda Brasil, a primeira mulher trans eleita em Sergipe e a parlamentar mais votada.

Revolta de Stonewall

O dia 28 de Julho marca uma das maiores lutas pelos direitos humanos, que ficou conhecido com a Batalha de Stonewall. Ocorreu em 1969, em Nova York, quando a comunidade LGBTQIA+ frequentadora do Bar Stonewall se organizou e fizeram levantes contra as violências e intolerância que a população LGTBQIA+ estava vivenciando.