Emília: "Para ser político, nessa onda de corrupção é preciso ter coragem"

por Andréa Lima, Assessoria de Comunicação da parlamentar — publicado 08/05/2017 07h55, última modificação 22/11/2017 15h35
Emília: "Para ser político, nessa onda de corrupção é preciso ter coragem"

Gilton Rosas

A defensora pública e vereadora, Emília Corrêa (PEN), lamentou as dificuldades para ser político no Brasil, pela força da corrupção que, felizmente, vem sendo revelada em todos os setores da administração pública. A vergonha da corrupção já se tornou um fenômeno sistêmico, estrutural e generalizado.

Para Emília, a corrupção é um problema crônico no Brasil e, apesar da falta de caráter ser uma marca cada vez mais visível em quem se envolve com política, não se pode cair na visão comodista e equivocada de que isso ocorre com todos os políticos, pois existem pessoas que não se deixam corromper. “Não é fácil estar envolvida num meio (político) tão desgastado, com algumas pessoas tão inegavelmente envolvidas em atos de corrupção. Hoje, se dispor a estar na política, por si só, já nos torna uma pessoa sob suspeita. Isso incomoda muito aos políticos que tem compromisso com a coletividade”, pontou.

De acordo com Emília, ser político é uma atividade de risco e que exige muita determinação, pois a corrupção no Brasil é algo cultural e está enraizado no cotidiano das pessoas. “Por mais que nada façamos de errado, parece que o volume da corrupção acaba maculando a imagem do homem público sério. Isso é perigoso. Não podemos esquecer o passado das pessoas; a história que a pessoa construiu ao longo de uma existência não pode ser destruída com uma noticia precipitada,” lamentou.

“Na política, temos que nos colocar em uma postura de coragem e caminhar com transparência e verdade. A corrupção é um problema grave em nosso país e deve ser combatida com o rigor máximo da lei. Deve haver uma política de educação para formar o cidadão com a consciência exata do seu papel, ensinando-o a valorizar e exercer com satisfação condutas éticas e pautados na moral. O Brasil precisa ensinar os seus filhos a terem vergonha da desonestidade", concluiu.