Autismo em Aracaju: Vereador Bigode cobra melhores condições para cuidadoras
Na última sessão plenária da Câmara Municipal de Aracaju, realizada nesta quinta-feira (20), o vereador Bigode chamou atenção para a sobrecarga enfrentada por profissionais cuidadoras que atuam diretamente com crianças e adolescentes autistas na capital sergipana. Durante seu discurso, ele ressaltou que essas trabalhadoras prestam seus serviços da melhor forma possível, mas enfrentam desafios diários devido à falta de suporte.
“Recebi áudios de duas cuidadoras, que estavam aos prantos, relatando marcas de unhas no corpo e um desgaste físico latente, após cuidarem sozinhas de seis ou sete crianças e adolescentes autistas. O desgaste físico e emocional é enorme, e não podemos ignorar essa realidade”, destacou o vereador.
Bigode reforçou que a falta de investimentos adequados compromete tanto o bem-estar dos profissionais quanto a qualidade do atendimento prestado às pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
A falta de estrutura no atendimento
A realidade enfrentada por cuidadores e familiares de pessoas autistas em Aracaju é um reflexo da carência de investimentos na rede de apoio. Muitos profissionais relatam sobrecarga e, em alguns casos, a ausência de assistência psicológica para lidar com os desafios diários.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o autismo afeta cerca de 1 em cada 100 crianças no mundo, o que torna essencial que os governos municipais estruturem políticas públicas que garantam atendimento especializado e apoio aos profissionais da área.
Próximos passos
O vereador Bigode afirmou que pretende levar o tema adiante e está estudando possíveis propostas relacionadas ao que foi trazido até ele. Para começar, destacar as reclamações recebidas em seu gabinete é um passo essencial para analisar possibilidades de mudanças e realizar uma transformação palpável na realidade dessas cuidadoras.