"Até quando teremos que lutar pelo direito que é intrínseco ao ser humano?" questiona Byron sobre os direitos da pessoa com deficiência

por Jacqueline Reis, Assessoria de Imprensa do Parlamentar — publicado 03/05/2024 13h50, última modificação 03/05/2024 13h50
"Até quando teremos que lutar pelo direito que é intrínseco ao ser humano?" questiona Byron sobre os direitos da pessoa com deficiência

Foto: Gilton Rosas

Em discurso na Câmara Municipal de Aracaju, o vereador Sargento Byron - Estrelas do Mar (MDB) fez um desabafo diante de mais casos de desrespeito à pessoa com deficiência, apresentando vídeos na sessão. 

"Sou ativista da causa da pessoa com deficiência, uma das principais bandeiras do nosso mandato, e duas situações nos tocaram muito nos últimos dias. Situações que nos mostram desrespeito em diversos lugares. Desrespeito com a lei, com os direitos individuais e coletivos daquele que tem algum tipo de deficiência. Um caso aconteceu com uma professora que viajava de Brasília para Belo Horizonte e foi proibida de sentar ao lado da sua acompanhante, mesmo com todos os requisitos preenchidos e documentação apresentada. Além de infringir direitos, a Companhia Aérea foi além e censurou a fala da passageira, querendo impedi-la de argumentar. Isso é revoltante!", declarou o parlamentar.  

O vereador sempre frisa em suas falas o quão essencial é que as pessoas não precisem passar por determinada situação para vestir a camisa de uma causa. "Sem precisar ir muito longe, outro episódio, desta vez em nossa cidade. Mais um cidadão que, ao fazer uso do transporte público, é constrangido e tem seu direito de ir e vir prejudicado, pois o elevador de acesso ao ônibus estava quebrado. Além da precariedade, vemos o despreparo das empresas, dos funcionários e, claro, da Prefeitura Municipal em sua fiscalização. Foi preciso o cidadão aguardar por quatro ônibus para, então, conseguir realizar sua locomoção até um shopping da cidade. Não o bastante, o rapaz com deficiência ainda sofreu capacitismo, ao ser questionado e apontado como alguém que não deveria andar sozinho. Até quando isso? Até quando teremos que lutar pelo óbvio, pelo direito que é intrínseco ao ser humano?", pontuou Byron.  

Foi por meio de um amigo, que presenciou a dificuldade deste cidadão aqui em nossa cidade, e o acolheu e registrou a cena para pudéssemos nos somar. "Quantas pessoas fazem isso?", interrogou o parlamentar que fez questão de ler o trecho do artigo 46 da Constituição Federal.  

"O direito ao transporte e à mobilidade da pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida será assegurado em igualdade de oportunidades com as demais pessoas, por meio de identificação e de eliminação de todos os obstáculos e barreiras ao seu acesso", concluiu Sargento Byron.