“Uma sociedade altamente competitiva, em que o lucro está acima da vida”, diz Sonia Meire sobre adoecimento mental
por Manuella Miranda- Assessoria de Imprensa do Parlamentar
—
publicado
16/07/2025 12h00,
última modificação
16/07/2025 12h00
Na manhã desta quarta-feira (16), a vereadora Sonia Meire (PSOL) utilizou a tribuna, na Câmara Municipal de Aracaju (CMA), durante o grande expediente, e entre os assuntos expostos, a parlamentar destacou o adoecimento mental pelo qual a população vem passando, principalmente por conta da sociedade atual e sua competição.
“Nós vivemos, também como parlamentares, em um limite muito grande que afeta a nossa saúde mental. Eu que faço parte de um partido em que todas as mulheres têm sido provocadas diariamente pelo seu papel na política. E como mulher, sei como é difícil as mulheres ocuparem os espaços e saírem dos espaços colocados para elas. E sabemos como tem sido difícil manter a saúde mental. A juventude que também não tem conseguido ter seus direitos garantidos. Uma sociedade altamente competitiva, extremamente organizada pela força do capital, em que o lucro está acima da vida. Então é muito sério o que estamos vivendo, e o adoecimento mental é fruto desta sociedade”, disse a vereadora.
A parlamentar também destacou que os direitos da população precisam ser garantidos através das políticas públicas. A mandata da vereadora Sonia Meire tem lutado pela regulamentação e abertura de cargos na saúde municipal, com a realização de concurso público. Segundo a vereadora, os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) estão em uma situação de completo abandono, desde a última gestão.
“E nós precisamos ter um olhar atento a esses centros. Nós precisamos não só ter concurso público, mas também criação de novos CAPS, organização desses espaços, infraestrutura necessária para atender os profissionais e a população. Precisamos de mais psicólogos, não só na saúde, mas também na educação, assim como as assistentes sociais. Precisamos atentar para os diferentes espaços em que temos a convivência comunitária para que possamos também defender a condição de vida das pessoas. E a saúde mental não é algo que estar por acaso, ela tem a ver com esse projeto de construção de desigualdade neste país. Precisamos romper com a desigualdade através do enfrentamento direto”, finalizou Sonia Meire.