“Terceirização do trabalho na saúde pública tem causado vários problemas”, diz a vereadora Sonia Meire
por Manuella Miranda- Assessoria de Imprensa do Parlamentar
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publicado
27/05/2025 11h54,
última modificação
27/05/2025 11h54
A vereadora Sonia Meire (PSOL) utilizou a tribuna na Câmara Municipal de Aracaju, durante o pequeno expediente nesta terça-feira (27) para destacar os problemas da saúde pública municipal do município de Aracaju. A parlamentar tem recebido denúncias de falta de médicos e dentistas nas unidades básicas, além da dificuldade dos usuários para conseguir uma consulta e falta de estrutura dos consultórios. E, desde o início desta nova mandata, a vereadora tem percorrido os bairros da capital para visitar as unidades.
“Eu tenho ido às unidades básicas visitar e conversar com as coordenações, além dos profissionais, trabalhadores e trabalhadoras, e também com usuários e usuárias. E o quadro que nós temos encontrado tem sido um quadro muito difícil para a população em termo de atendimento. O que eu estou colocando não é com relação ao não trabalho das pessoas que trabalham nessa área. Nós valorizamos, e aqui vai todo o meu respeito aos profissionais da saúde e também dos profissionais que estão na linha de frente atendendo. Sabemos do esforço que tem sido feito para atender as famílias mesmo com as equipes reduzidas, além da sobrecarga de trabalho de pessoas terceirizadas que atuam para marcar consultas e, ao mesmo tempo, vai dispensar os remédios”, disse a vereadora.
Existem diversas razões para os problemas da saúde em Aracaju, como a falta de concurso público para garantir profissionais de saúde em todas as áreas, também a falta de cuidado e investimento na ampliação das unidades básicas, além da terceirização de serviços, como a realização de exames, porque não existem laboratórios próprios.
“O processo de terceirização e precarização do trabalho na saúde pública tem causado vários problemas. Estive nesta segunda-feira na unidade básica Elizabeth Pita, no bairro Santa Maria, e fui chamada por uma usuária, uma mãe com dois filhos autistas e que não tem relatório, as crianças estão em uma fila de espera há mais de ano. Essa é a realidade indignante, que não dá para nós ficarmos caladas. Nós não só identificamos e fiscalizamos, como apresentamos as alternativas e indicações para que sejam minimizados os danos causados à população. É preciso medidas urgentes, são cinco meses que a prefeita assumiu, mas há questões básicas que não podem esperar mais um mês”, finalizou Sonia Meire.