“O silêncio que paira sobre alguns segmentos da sociedade é uma conivência absurda e perigosa com a tentativa de golpe institucional que houve”, declara Elber

por Anna Paula Aquino- Assessoria Parlamentar — publicado 29/11/2024 10h32, última modificação 29/11/2024 10h32
“O silêncio que paira sobre alguns segmentos da sociedade é uma conivência absurda e perigosa com a tentativa de golpe institucional que houve”, declara Elber

Foto: Gilton Rosas

O vereador Elber Batalha (PSB) fez questão de falar das notícias atuais que tratam da tentativa de golpe militar por parte do ex-presidente Jair Bolsonaro e membros da sua equipe durante a sessão da Câmara Municipal de Aracaju (CMA) dessa quinta-feira, 29. Para o parlamentar, esse tema precisa ser debatido e divulgado por tudo que foi planejado contra a pátria.

 

Na tribuna, durante o grande expediente, Elber fez um breve balanço do que está na mídia com detalhes e ressaltou a falta de declarações ou manifestações de algumas categorias. “O meu discurso de hoje é sobre o silêncio nesse momento que paira sobre alguns segmentos da sociedade, é uma conivência absurda e perigosa com a tentativa de golpe institucional que houve, que está evidentemente provada contra a nossa democracia. É necessário que tragamos esse debate e mostremos que isso é uma trama assassina arquitetada no palácio do planalto ainda com Bolsonaro na presidência. As provas são acachapantes dos diálogos e das conversas”, disse.

 

Ele reforçou ainda a importância da democracia para todos. “Todos nós, aqui na câmara, somos resultado do processo democrático brasileiro. Essa é a beleza da democracia:  a possibilidade de ampliar as perspectivas e dar oportunidades a que todos se tornem representantes dessa sociedade”, comentou.

 

Detalhando as manchetes, o vereador salientou que não é normal banalizar a maldade. “Eu estou vendo, na sociedade brasileira, algumas pessoas que banalizam o mal e um absurdo desse patamar. Um presidente, ainda no exercício da presidência, tramar junto com sua cúpula, com seu ajudante de ordem, seu ministro da justiça, com comandante da marinha e com seu candidato a vice na reeleição, assassinar o presidente eleito, vice e sequestrar e prender ilegalmente o ministro presidente do Tribunal Superior Eleitoral e membro da Suprema Corte”.

 

Durante o seu discurso, Elber apresentou vídeos do ex-presidente Bolsonaro em fases diferentes falando sobre golpe militar no passado e negando qualquer tentativa. Na ocasião, ele questionou a anistia e o projeto de lei que tentaram aprovar antes da sua saída da presidência. “No povo do Brasil e na política daqui se fez uma anistia, ou seja, se perdoa a todos, como se quem morreu, apanhou, foi torturado, tivesse que ser perdoado. Quem tem que ser perdoado é quem bateu, torturou e assassinou que não deveria ser. E um erro que não podemos fazer é dar outra anistia a esse povo, eles precisam ser julgados institucionalmente e levados às barras da justiça”, declarou.

 

Por fim, ressaltando os nomes do general Marco Antônio Freire Gomes, comandante do Exército e o tenente-brigadeiro Batista Júnior, comandante da Aeronáutica, ele lembrou que as homenagens oficiais precisam ser feitas pelo presidente Lula como forma de agradecimento, já que os dois se negaram a participar da tentativa de golpe. “Para mim, não resta nenhuma dúvida de que esse cidadão não fosse a galhardia dos dois militares, teríamos um estado democrático de direito esfacelado e viveríamos mais uma página obscura da nossa história com regime militar ditatorial instalado no Brasil. É um crime que lesa a pátria o que eles cometeram. Para eles, julgamento e cadeia para que mais ninguém tente flertar no autoritarismo e com a ditadura", concluiu.