“Levarei essas e outras irregularidades para o MP”, informa Elber sobre a compra dos ônibus elétricos sem licitação

por Anna Paula Aquino - Assessoria de Imprensa do Parlamentar — publicado 15/07/2025 15h10, última modificação 15/07/2025 15h10
“Levarei essas e outras irregularidades para o MP”, informa Elber sobre a compra dos ônibus elétricos sem licitação

Foto: Luanna Pinheiro

Durante a sessão desta terça-feira, 15, o vereador Elber Batalha (PSB) informou que levará os dados da compra dos ônibus elétricos pela Prefeitura de Aracaju para uma melhor averiguação no Ministério Público. Defendendo sempre a licitação, ele mencionou em seu discurso que, até agora, essa gestão optou sempre por contratos emergenciais. 

O parlamentar falou que já denunciou o tema na Câmara Municipal de Aracaju (CMA) e levará agora para o setor responsável do MP, solicitando uma investigação maior, na manhã desta quarta-feira, 16. De acordo com Elber, os contratos emergenciais não são ilegais, mas não são os melhores caminhos. “Em Aracaju, não se licita nada ou quase nada, é tudo emergencial. No caso dos ônibus elétricos, a prefeitura preferiu aderir a uma ata que é uma licitação que outro município já tenha feito”, explicou. 

No pequeno expediente, Elber apresentou as atas e questionou os valores apresentados, comparando com outras cidades, como o exemplo de São Paulo, onde os mesmos veículos custavam cerca de R$ 2.400.000,00, ou Cascavel, no Paraná, onde custaram R$ 2.600.000,00. Mas, em Aracaju, a gestão atual escolheu seguir a de Belém, onde cada um saiu por R$ 3.640.000,00. 

Para Elber, existia, sim, a possibilidade de economizar. “Em 15 ônibus comprados, se gastou R$ 18 milhões a mais. Ainda que se justificasse essa compra, era melhor comprar o ônibus com um pouquinho menos de recurso, assim fechavam o número de 21. Mas vamos deixar para que o Ministério Público decida esse ponto”, comentou na tribuna, lembrando que cada um sairia R$ 1.240.000,00 mais barato. 

Ainda destacando Belém, o vereador reforçou que os trâmites apresentados por ele no plenário foram examinados pelo Tribunal de Contas local na época, por superfaturamento. “Se esqueceram que essa ata foi questionada e, para não anular a compra por conta do COP30, teve que se fazer uma compensação para o município. Aqui vocês observam que a empresa reconheceu o superfaturamento e se comprometeu a entregar o dobro de carregadores, além disso, uma assessoria sem custo nenhum para compensar o valor do prejuízo”, contou, mostrando tudo no telão da Câmara.   

Na sequência, ele concluiu perguntando sobre a questão da regra de modelo igual ou superior à data que precisaria ser seguida em Belém, mas não foi. “Aqui diz que, se comprado em 2025, esse ônibus tem que ser um modelo 2025 ou 2026. Eu já tenho informação de que eles são do ano de 2023, e eu confirmei que essa fábrica ainda não soltou o lote deste ano. São essas e várias outras irregularidades que eu estarei levando ao MP”, finalizou, dizendo que é muito estranha toda essa opção.