“ A população negra sofre as consequências do crime organizado, enquanto a ponta do iceberg está no andar de cima”, disse Sonia Meire

por Manuella Miranda- Assessoria de Imprensa do Parlamentar — publicado 05/11/2025 13h20, última modificação 05/11/2025 13h31
“ A população negra sofre as consequências do crime organizado, enquanto a ponta do iceberg está no andar de cima”, disse Sonia Meire

Foto: Luanna Pinheiro

Na manhã desta quarta-feira, dia 05, a vereadora Professora Sonia Meire (PSOL) utilizou a tribuna, na Câmara Municipal de Aracaju (CMA), durante o grande expediente para destacar a operação catastrófica que aconteceu no Rio de Janeiro na última semana e também o extermínio da população negra periférica no país. A vereadora destacou que é necessário refletir que sociedade é esta que estamos vivendo e o que aconteceu é desastroso.

 
“As pessoas querem sair publicando que nós defendemos criminosos, mas quem está defendendo criminosos são as pessoas que têm acordo com esse tipo de gente, que inclusive é financiado por eles. A polícia militar não é orientada para decapitar pessoas, aquela operação teve ação miliciana, de pessoas que interessam cometer estes atos, porque a polícia não é orientada para isso. E é sobre isto que nós precisamos tratar. Nossas parlamentares têm reagido contra essa política nefasta que tem sido realizada em coloio com o Estado. Não vamos silenciar diante acusações que têm sido feitas e estímulo ao ódio contra nós, inclusive nas redes sociais. A rede social não é terra sem lei, estamos colhendo tudo e, se for necessário, vamos tomar as providências”, disse Sonia Meire.
 
A parlamentar esteve na última sexta-feira, dia 31, no bairro América, na praça Franklin Roosevelt, junto com entidades negras, fortalecendo o Dia Nacional de Luta e Denúncia contra a morte do povo negro e pobre nesse país. A ação teve o objetivo de denunciar o racismo estrutural e a política de segurança pública. Sonia Meire também destacou que o combate ao crime organizado tem que ser realizado em todo país.
 
“O crime organizado não irá desaparecer a partir da ação que foi feita nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro. Não é no morro que se produz os fuzis, não é lá que se refina a cocaína. São os empresários que fornecem as armas que financiam o crime. Nós precisamos proteger os direitos da população e a vida das pessoas que trabalham na segurança pública. Precisamos refletir que sociedade é esta que estamos construindo. E reagir a esse processo, porque é a população negra periférica que está sofrendo. A ponta do iceberg não é ali, e sim está no andar de cima deste país, e é ela que precisa ser derrubada”, finalizou a vereador.