Vereadoras e servidoras falam sobre ser mãe na atualidade

por Fernanda Sales — publicado 12/05/2017 12h10, última modificação 23/11/2017 10h46
Vereadoras e servidoras falam sobre ser mãe na atualidade

Gilton Rosas

Ser mãe parece uma tarefa fácil para quem olha de fora, mas o dia a dia de uma mãe é uma batalha de ações e emoções. Nos dias atuais, as mães da modernidade estão cheias de desafios para tentar conciliar a educação de seus filhos com a vida profissional, os estudos e os afazeres domésticos. E para homenagear essas mães guerreiras, a Câmara Municipal de Aracaju (CMA), traz histórias de mães que atuam na Casa e lidam com todos esses desafios diariamente.

De acordo com a vereadora Emília Corrêa, que é mãe de Rodrigo, 29 anos, e Lara, 27 anos, ser mãe é uma função bastante delicada para toda mulher. “Hoje meus filhos já são adultos, mas eu passei por toda essa jornada de mãe que precisa conciliar o trabalho e os afazeres da casa com o cuidado aos seus filhos. Para mim foi difícil administrar o trabalho de mãe com o trabalho de defensora pública e comunicadora e sei que muitas mães que tem filhos pequenos passam por isso. Mas é importante não abrir mão de cuidar pessoalmente da educação dos nossos filhos”, destaca.

Ainda segundo a vereadora, através das mães a sociedade pode ter um futuro melhor. “Se as mães cuidam bem de seus filhos, elas estarão cuidando de uma sociedade futuramente mais pacífica, mais justa e mais comprometida. Então nesse Dia das Mães eu quero parabenizar a todas as mães que não abrem mão da sua autoridade de educar seus filhos, para que eles não sejam encaminhados para a marginalidade”, acrescenta Emília destacando que as mulheres podem ser qualquer tipo de profissional, mas não podem deixar de ser mãe.

Ao contrário do que muitos pensam, hoje muitas mães sentem o desafio de logo cedo terem que deixar seus filhos numa creche ou com alguém para poder trabalhar. Como é o caso da vereadora Kitty Lima, mãe do pequeno Emanuel, de apenas um ano e oito meses. Para trabalhar como vereadora e realizar-se profissionalmente, Kitty Lima precisa deixar seu filho numa creche em tempo integral. “Antes de ser mãe dele eu já me sentia mãe porque cuido dos animais. Mas agora com o Emanuel é muito mais difícil do que imaginei, pois tenho que conciliar meu trabalho com ele e deixá-lo na creche o dia todo. Quando ele me vê a noite é uma alegria porque é o momento que ele está comigo”, declara.

Apesar de passar o dia inteiro longe do filho, Kitty Lima destaca que tenta utilizar o período noturno para cuidar dele. “Tento sempre brincar, dar atenção, assistir com ele e fico muito gratificada por ser mãe. Agradeço a Deus pela oportunidade de ser mãe e também agradeço a essa homenagem da CMA, porque sabemos que as mães formam os cidadãos de bem para o futuro”.

A publicitária da assessoria da CMA, Aline Froelich, 32 anos, explica que ser mãe é um desafio eterno e que apesar de nenhuma mãe saber a forma perfeita de educar os filhos, a força de vontade e o amor faz com que tudo se torne mais fácil. “Quando descobri que estava grávida eu era muito nova e no início pensei que iria atrapalhar meus estudos, mas depois eu fui percebendo que ser mãe é uma dádiva. Aluguei um apartamento próximo à faculdade e consegui me formar. Hoje meu filho tem 11 anos e sempre tenho o apoio da minha família para educá-lo bem. Uma das maiores dificuldades é controlar os filhos com as novas tecnologias, como o celular, por exemplo, é uma ótima ferramenta para se comunicar com ele quando não estou trabalhando ou estou longe dele, mas ao mesmo tempo, nós mães temos que ficar de olho no que eles estão aprendendo com essas tecnologias”, afirma a mãe, acrescentando que atualmente é separada, trabalha e também estuda, mas que não sente dificuldade para educar seu filho.

Segundo a servidora da CMA, Elaine Maria de Jesus, 54 anos, mãe de Mitriene, 34 anos, a maternidade veio como um desafio e ao mesmo tempo uma alegria. “Sou efetiva da Câmara e quando comecei a trabalhar aqui minha filha tinha apenas dois anos de idade, para mim foi um desafio enorme aos 22 anos conciliar o meu trabalho com o cuidado com a minha filha. Apesar das dificuldades que enfrentei, tive a ajuda de muitos amigos que sempre se disponibilizavam e ajudavam para pegar minha filha na escola ou para ficar com ela enquanto eu trabalhava. O meu maior momento de dificuldade foi quando estava na época da Constituinte e a Câmara realizava sessões itinerantes. Nesse período eu não tinha muito tempo para minha filha, pois chegava muito tarde em casa, mas nunca deixei de acompanhar cada fase da vida dela”, relata a mãe.

Elaine ainda destaca que seu amor de mãe é tão obsessivo que foi necessário buscar apoio psicológico para diminuir esse cuidado excessivo de mãe. “Hoje estou mais tranquila, mas ainda trabalho essa questão. Antigamente minha filha não podia subir em escala rolante, eu morria de medo dela cair. Também não deixava ela participar de passeio da escola porque não podia ir para ficar olhando ela. Mas aos poucos eu fui melhorando essa obsessividade”, desabafa.

“É muito complicado sair de casa para trabalhar e deixar meu filho com outros, graças a Deus deixava ele um período com a minha mãe e isso me deixava mais tranquila. Apesar de meu filho já ser adolescente, as preocupações nunca acabam, muito pelo contrário, essa fase da adolescência dá muito trabalho para mim. Hoje o que mais me auxilia na educação de meu filho é a tecnologia, por meio do celular posso manter contato com ele quando estou fora de casa, antigamente as mães não tinham essa ferramenta, mas hoje sim. É muito gratificante ser mãe, é uma luta diária. Ser mãe é uma dádiva de Deus”, diz a assessora de vereador da CMA, Patrícia França, mãe de Filipe França.