Vereador Isac se soma à causa dos pacientes com Fibromialgia
As causas da fibromialgia ainda são desconhecidas pela medicina, mas de acordo com estudos realizados de cada 10 pacientes com a doença, sete a nove são mulheres com idade entre 30 e 60 anos. Fibromialgia é uma síndrome comum, na qual a pessoa sente dores por todo o corpo durante longos períodos, com sensibilidade nas articulações, músculos, tendões e em outros tecidos moles. Junto com a dor, também a sintomas de fadiga, distúrbios do sono, dores de cabeça, depressão e ansiedade.
Esta semana, a líder voluntaria da Anfibro - Associação Nacional de Fibromiálgicos e doenças correlacionadas, Charlene Almeida, usou a tribuna para falar sobre a luta que a Associação vem travando por melhores condições na qualidade de vida desses pacientes. “Estamos em todo o Brasil, nas Câmaras Municipais, para que sejam criadas leis que ampare pessoas com fibromialgia. Essa é uma doença crônica incapacitante, mas que não gera, por exemplo, uma aposentadoria. Há um projeto de lei no Senado para que haja esse reconhecimento e, a luta aqui em Sergipe, é que tenha o atendimento preferencial nas filas das unidades de saúde em todos municípios. Estamos indo às Câmaras de todas as cidades e, Nossa Senhora da Glória foi a primeira cidade que aprovou, por unanimidade, o projeto na íntegra, conforme a proposta da Anfibro” diz a voluntária.
De acordo com o vereador Isac Siveira (PcdoB), era nesse sentido que a Reforma da Previdência deveria ser feita. “A porta de entrada dessas pessoas para conseguir algum benefício, hoje, é através do auxílio doença. Mas, em minha opinião, como técnico previdenciário, deveria sim, ter um meio para amparar esses pacientes. A Reforma da Previdência deveria ser feita para ampliar os direitos, mas o que vemos é que ela só servirá para retirar os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras este país”, afirma o vereador.
Além das questões trabalhistas a voluntária da associação também fala sobre os preconceitos a cerca dessas pessoas. “Nós nos sentimentos a margem da sociedade porque há um preconceito com a gente. Não temos feridas no corpo que causam comoção, mas as dores que são invisíveis para as pessoas somente nós sabemos como são. Além disso, nós não temos acesso a medicamentos na rede pública, como por exemplo, os dois indicados pela Sociedade Brasileira de Reumatologia”, explica Charlene.
O vereador Elber Batalha (PSB) também falou sobre as dificuldades e o preconceito que essas pessoas passam. “Juntos com outros vereadores vamos trabalhar por uma educação e conscientização da população, afinal, só sabe o grau das dores quem passa. Vamos discutir os pedidos propostos pela Anfibro, quanto os direitos e acesso à saúde pública no município e vamos também criar o Dia Municipal de Conscientização da Fibromialgia”.