Linda Brasil denuncia descaso com a EMEF Professor Alcebíades Melo Vilas Boas

por Laila Oliveira, Assessoria de Imprensa da parlamentar — publicado 10/03/2022 12h34, última modificação 10/03/2022 12h34
Linda Brasil denuncia descaso com a EMEF Professor Alcebíades Melo Vilas Boas

Foto: César de Oliveira

Na manhã desta quinta-feira (10), a vereadora Linda Brasil (PSOL) ocupou o Grande Expediente para abordar diversas questões voltadas para à população aracajuana. Iniciou relatando preocupação com o Projeto de Lei nº 191/2022, em âmbito federal, e da sua discordância da aprovação ao requerimento de urgência para a sua votação.

“Esse PL é prejudicial não só as nossas comunidades tradicionais e indígenas, mas também ao meio ambiente, incentiva a destruição da biodiversidade, além de ser inconstitucional e desumano, então, eu quero repudiar a aprovação, na Câmara dos Deputados, de regime de urgência pra este projeto, incluindo neste repúdio os seis votos de Sergipe. Urgência no Brasil é matar a fome, é lutar contra a devastação ambiental, é garantir o bem-estar das comunidades dos povos indígenas, então quero deixar registrado aqui o meu repúdio, e eu espero que na votação ele não seja aprovado”, declarou.

Ainda no grande expediente, a parlamentar relatou a grave situação da falta de estrutura na EMEF Professor Alcebíades Melo Vilas Boas, localizada no Bairro Industrial. Linda informou sobre a visita feita à unidade escolar no dia anterior para verificar algumas reclamações que foram feitas, a exemplo de dificuldades com a matrícula devido a problemas no sistema, o nome social apesar de constar a opção no sistema, a lista de presença não consta, a falta de ventilação adequada para estudantes e profissionais, os tamanhos do fardamento não adequados aos/as estudantes entre outras demandas.

“A gente percebe várias outras questões e o descaso total. Olhem a condição da quadra onde são desenvolvidas as atividades esportivas, além disso, tem cadeirantes que não tem acesso a algumas áreas da escola, a sala de leitura não tem espaço, os quadros estão quebrados, então a gente lamenta que não exista um olhar para essas unidades, um ambiente escolar agradável contribui para o processo de ensino-aprendizagem”, pontuou.

A parlamentar que também é educadora, e fez estágio-docência e projeto de pesquisa na EMEF Alcebíades, colocou que o barulho dos ventiladores tem atrapalhado os/as professores/as e estudantes, e que a solução dada pela gestão ao comprar amplificadores só tem tornado o ambiente inapropriado para o aprendizado.

“Sabemos que uma sala com calor, e esse problema eu senti quando desenvolvi atividades lá há alguns anos atrás, os alunos não conseguem se concentrar. As cadeiras são pequenas para os/as estudantes de 13, 14 anos, são questões que dificultam o aprendizado”, colocou.

A vereadora acrescentou que essas questões serão levadas para a gestão com urgência, através da Secretária Municipal de Educação e da Vice-prefeita.

Na ocasião, Linda também abordou sobre o GIER, que é um Sistema de Gestão Inteligente de Educação Responsável. Os professores e a gestão administrativa tem apresentado dificuldades para a utilização. “Ele apresenta falhas e inoperância, por exemplo, nas questões relacionadas às matrículas e para o armazenamento de dados, e acaba prejudicando a gestão escolar e professores e não só dessa unidade escolar como de outras”, sinalizou.

A parlamentar trouxe dados levantados pelo Sindipema de que a gestão tem um contrato de quase 3 milhões por ano para a utilização desse Sistema. “Um valor alto por um sistema que não funciona, e o mais alarmante é que já existia outro sistema, que é o Sigem, que foi um sistema criado por um servidor da própria Secretaria Municipal da Educação que era bem mais funcional, e trocou só para fazer esse contrato, alegando modernização, com um valor tão alto, e a prefeitura ainda afirma que não tem dinheiro para o pagamento do Piso, uma demanda do próprio movimento”, ressaltou.

Luta por moradia

Para concluir, a vereadora participou aos demais parlamentares sobre a ocupação do MLB (Movimento de Luta dos Bairros, Vilas e Favelas), que está acontecendo no prédio da Universidade Federal de Sergipe (UFS) localizado na Rua Lagarto. “Eles e elas estão ocupando aquele espaço que está a anos parado, e não está servindo ao seu propósito que era ter uma função social. A gente percebe que a maioria dessas pessoas que estão ocupando são mulheres, estudantes na universidade, que recebem 400 reais de bolsa por mês, que vem de outro estado e deveria ter o auxílio para moradia, não tem condições de pagar aluguel e viver com 400 reais, então todo o apoio à Ocupação João Mulungu, que está desenvolvendo atividades e ocupando o espaço como deveria”, asseverou.