Linda Brasil cobra do Poder Público ações de enfrentamento à violência contra mulheres

por Laila Oliveira, Assessoria de Imprensa do parlamentar — publicado 22/06/2022 08h09, última modificação 22/06/2022 08h09
Linda Brasil cobra do Poder Público ações de enfrentamento à violência contra mulheres

Foto: Assessoria da parlamentar

A vereadora Linda Brasil (PSOL) ocupou o Pequeno Expediente nesta terça-feira, 21, para cobrar ações mais efetivas de enfrentamento à violência contra as mulheres. Segundo dados da Coordenadoria de Estatística e Análise Criminal (CEACrim), da SSP, só em 2022 o estado já registrou 5 feminicídios e 580 casos de ameaças.

“Nós mulheres não aguentamos mais ler notícias de feminicídios que acontecem em nosso estado. Nós ficamos indignadas/os e tristes, ao perceber que as autoridades e as estruturas do Estado não trabalham efetivamente para acabar com a violência contra as mulheres”, reforçou.

A parlamentar trouxe ao plenário os últimos casos de feminicídio divulgados pela imprensa, como o ocorrido no Povoado Gameleiro e no Conjunto Marcos Freire II. Para Linda, é inadmissível que o assassinato de mulheres continue sendo normalizado no estado e na sociedade brasileira.

Na ocasião, a vereadora também lamentou o aumento da violência na Zona Norte de Aracaju, que vitimou em menos de 24 horas três pessoas no Bugio, um adolescente morto e um duplo homicídio. É preocupante o agravamento da violência e homicídio na periferia, que continua vitimando em sua maioria pessoas negras e pobres.

“Percebemos que os instrumentos da Segurança Pública muitas vezes não funcionam, existem câmeras da Ciosp, mas quando acontece um caso como aconteceu com a Gabi, travesti brutalmente assassinada na Orla do bairro Industrial, até hoje não sabemos quem cometeu o crime”, afirmou.

Plano Diretor 

Em aparte a fala do vereador Anderson de Tuca, Linda reforçou a importância da Câmara Municipal de Aracaju contribuir na realização de debates e audiências que discutam a importância do Plano Diretor de forma ampliada para que a população tenha possibilidade de propor ações e contribuir para uma cidade com qualidade de vida e acessível a todes/as/os.

“Essa discussão é muito importante, para nós que acompanhamos o debate e as audiências públicas, ouvimos muito o apelo da população sobre a falta de espaço para ser ouvida, porque foram poucos os espaços para isso. Reforço a fala da professora Ângela Melo, é importante trazer esse Projeto para a casa com antecedência, para que a gente possa realizar se possível audiência pública e discutir com tempo, e assim, votar em um Plano que contemple o desenvolvimento da nossa cidade”, refletiu.