Fábio Meireles (PDT) cobra respeito com recursos do erário público após suspeita de irregularidade em contrato da Semdef e empresa de consultoria
O vereador Fábio Meireles (PDT) foi o segundo orador do Grande Expediente nessa terça-feira (02/12), durante a 105ª Sessão Ordinária. O parlamentar levou o assunto sobre um contrato de auditoria que foi efetivado pela Secretaria Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Semdef), pasta criada este ano na atual gestão da prefeita Emília Corrêa (PL).
O vereador aponta o contrato assinado entre o secretário Antônio Luiz dos Santos (Luizinho), com a empresa MR Consultoria e Assessoria Ltda, no valor de R$ 25 mil, para a realização de auditoria dos processos licitatórios de contratos anteriores.
O vereador argumentou que essa pasta foi criada na gestão de Emília Corrêa, não havia uma secretaria anterior. “E ele pede auditoria de sua própria secretaria? Quais são os contratos anteriores, se não tem nem dotação orçamentária destinada”, questionou.
O parlamentar informou também que houve uma rescisão contratual no dia 31 de outubro, sendo que a auditoria da vigência seria de 24 a 27 de outubro. “Se o serviço já havia sido feito, como ele será pago, se houve uma rescisão contratual após a data da possível prestação de serviço?”, prosseguiu questionando.
“Eu não tive informação alguma se o dono da empresa questionou a prestação de serviço. Se o dono teoricamente teria recebido pelo que ele teoricamente produziu”, disse.
Fábio Meireles mostrou vídeo em que alguém tentou encontrar o endereço da empresa MR Consultoria, localizado em São Miguel do Aleixo, interior do estado, mas não foi encontrada.
O vereador Fábio disse que recebeu o vídeo de uma pessoa indignada que teve a percepção que estava acontecendo uma sombra de variação de corrupção. “É dinheiro público suado do povo aracajuano”, ressaltou.
“É uma relação perigosa, estou levando ao conhecimento ao Ministério Público, porque se na gestão de ninguém pode acontecer isso, muito menos na gestão de uma mulher que colocava o dedo na face de qualquer político e apontava exigir respeito ao erário público”, disse.
“Nós não podemos ter, em Aracaju, uma secretaria recém-criada, viciada, uma secretaria que não respeita o dinheiro público, que não respeita o dinheiro do contribuinte. Nós assistíamos muitas vezes, com muita garra e tanta força que a então vereadora Emília Corrêa dizia: “é só não roubar que faz”, por isso, até hoje, ela dá ordem de serviço e entrega obras do ex-prefeito Edvaldo Nogueira”, concluiu.