Em Live no aniversário de Aracaju, Linda e Angela defendem uma cidade de direitos para todas/os/es

por Laila Oliveira e Paulo Victor, Assessoria de Imprensa das parlamentares — publicado 18/03/2021 09h00, última modificação 18/03/2021 10h20
Em Live no aniversário de Aracaju, Linda e Angela defendem uma cidade de direitos para todas/os/es

Foto: Assessoria das parlamentares

As vereadoras Linda Brasil (PSOL) e Professora Ângela Melo (PT) têm se pronunciado cotidianamente na Câmara Municipal de Aracaju cobrando dos governos municipal e estadual responsabilidade com as vidas da população e reivindicando medidas como lockdown, criação da Renda Básica Municipal, ampliação e celeridade da vacinação contra a covid-19.

Como forma de fortalecer a agenda em comum e as posições em defesa da vida no parlamento, as vereadoras formalizaram a criação da sublegenda oposição de esquerda, indicando a vereadora do PT como líder e a do PSOL como vice-líder.

Com o objetivo de discutir publicamente o papel da oposição de esquerda na Câmara de Aracaju, as parlamentares discutiram sobre as demandas da cidade em uma Live na noite desta quarta-feira, 17/03.

Defendendo a importância de um Plano Diretor construído de forma participativa, com os movimentos sociais e sem prevalência de interesses empresariais, Professora Ângela Melo e Linda Brasil lamentarem a aprovação do projeto que estabeleceu a transformação de povoados da Zona de Expansão em seis bairros.

“São planos não construídos com a sociedade e a população, e sim com as grandes empresas, que terão retorno financeiro com esse projeto”, enfatizou Linda.

“A população não foi sequer consultada e o projeto, aprovado sem debate aprofundado até mesmo na Câmara, em que o prefeito tem maioria absoluta, já traz uma série de consequências que precisarão ser revistas, como a localização de igrejas e escolas em bairros que ignoram a relação das comunidades com esses espaços”, disse Ângela.

As parlamentares também colocaram a importância do prefeito dialogar e receber as/os parlamentares de oposição, e não apenas os da bancada governista.

“Fica limitada a autonomia e a independência, porque mesmo sendo da situação, as pessoas podem criticar e questionar e não aceitar tudo. É uma troca de interesses, um conchavo. Para mim a coisa mais importante é a minha liberdade, isso eu não troco. É poder estar com você e divergir. E não acontecer como a semana passada que 6 pessoas negaram o Projeto de Lei que estabelece o ano Paulo Freire sem nem justificar e argumentar.”, ressaltou Linda.

“O Poder Legislativo não pode tratar o Executivo como um bibelô. É preciso ter autonomia e isso significa não admitir todo tipo de postura da Prefeitura. Temos uma responsabilidade com a população de Aracaju, que nos elegeu para contribuir com o desenvolvimento da cidade e também com a fiscalização das ações da Prefeitura. E não se fiscaliza aceitando tudo”, frisou Ângela.

Durante a Live, Linda Brasil problematizou também a forma como a religiosidade distorcida conduz algumas decisões no plenário, contribuindo até para a reprodução de fake news, e como o discurso de alguns coaduna ideologicamente com o de Jair Bolsonaro.

“Estamos passando por uma situação de calamidade pública, é preciso que os governos tenham uma reserva financeira para esses momentos. Sabendo que muitas vezes são perdoadas as dívidas de grandes empresários, então porque não ajudar os pequenos empresários? Essa é a maior tragédia sanitária que o Brasil já passou. Sabemos que muitas empresas sucateiam os empregos e não garantem os direitos trabalhistas.”, alertou a parlamentar do PSOL.

Outro tema abordado na Live foi a situação de precariedade do transporte público e dos terminais de ônibus, agravada na pandemia e provocando aglomerações, além de serem necessárias a licitação do serviço e o respeito aos direitos dos rodoviários.

Ao final da atividade, Linda e Ângela reafirmaram a disposição para realizar outros momentos de diálogo público, como forma da população seguir acompanhando os seus trabalhos na Câmara Municipal de Aracaju.