Elber denuncia gasto de quase R$ 10 milhões em reforma de gabinetes da prefeita Emília Corrêa e Itamar Bezerra
O vereador e líder da oposição na Câmara de Aracaju, Elber Batalha (PSB), denunciou, na sessão desta terça-feira, 9, a reforma do gabinete da prefeita Emília Corrêa (PL) e do secretário de Governo, Itamar Bezerra, que deve custar cerca de R$ 10 milhões. Na tribuna, ele comparou os gastos, que classificou como desnecessários, a fatos recentes da educação e da saúde do município.
Durante o grande expediente, Elber apresentou um vídeo com as informações retiradas do Diário Oficial e do Portal da Transparência, em detalhes. Em seu tempo, ele pontuou que, para as futuras mudanças no Centro Administrativo Prefeito Aloísio Campos, localizado no conjunto Costa e Silva, estão previstos gastos de R$ 8 milhões para a obra, R$ 700 mil em novos móveis e R$ 700 mil no aluguel temporário da antiga sede de uma grande imobiliária da capital para acomodar os gabinetes, somando R$ 9,4 milhões.
Em seu pronunciamento, ele contou ainda que as primeiras informações de funcionários do prédio indicam que o secretário deseja instalar o seu gabinete ao lado do da prefeita e esposa. “Ele quer uma passagem especial para não circular pelos corredores centrais. Ele derruba metade do prédio para transportar o gabinete dele para ficar do lado da prefeita”, destacou.
O parlamentar comparou a obra à dura realidade enfrentada pela população e lembrou que alunos da rede municipal passaram o primeiro semestre sem fardamento, material escolar e livros. Além disso, o Centro Médico de Especialidades Médicas (Cemar) sofre com a suspensão de exames de pacientes com HIV por falta de pagamento aos laboratórios e com o estoque zerado de um dos medicamentos principais para o coquetel. “Essa é a prioridade da gestão Emília Corrêa. Imagine o risco disso, a chance de a carga viral subir, de a imunidade de um paciente desse baixar e doenças oportunistas colocarem essas pessoas em risco de morte”, disse.
Para Elber, os gastos milionários contrastam com a precariedade dos serviços essenciais. “É para usar o dinheiro do povo de forma desenfreada, sem nenhuma atenção aos princípios da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da publicidade e, sequer, da eficiência".