Elber Batalha destaca casos de violência da Polícia Militar de São Paulo
Atento aos fatos que acontecem em todo país, o vereador Elber Batalha (PSB) levou os casos de violência da Polícia Militar do Estado de São Paulo registrados recentemente para a tribuna da Câmara Municipal de Aracaju (CMA) na quarta-feira, 4. Trazendo a pauta de uma forma geral, ele falou da importância de uma boa gestão.
Em um mês, foram diversos os vídeos, flagras e notícias de mortes ou ações inesperadas por parte de policiais militares de São Paulo. Entre os mais recentes, um dos PMs joga um homem de uma ponte e tudo é filmado por uma câmera por uma pessoa que presenciava a cena da abordagem truculenta e outro conta com uma morte após um roubo de sabão em um supermercado com onze tiros no acusado.
Detalhando as histórias, o parlamentar ressaltou que o intuito do seu discurso foi valorizar a polícia como um todo e destacar a importância da estrutura necessária para que tudo funcione da melhor forma. “Minha fala é sobretudo pela consciência de quem é chefe de executivo e de poder, de não empoderar inconscientemente com seus comentários nessas situações. Essa reflexão não tem nada a ver com o estado de Sergipe, mas contamina o pensamento da política de segurança pública adequada para o nosso país”, disse
Relatando ainda as declarações polêmicas do governador do estado de São Paulo, Tarcisio de Freitas, e do secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, que defendem os profissionais envolvidos algumas vezes, ele lembrou do resultado que isso tudo vem gerando. “Essas condutas trazem o empoderamento das más práticas. Em um mês, tantas histórias aconteceram com finais tristes como o homicídio de um rapaz com 11 tiros nas costas. Aquele que se empodera da violência, acha que está liberado para fazer o que quiser”, declarou.
Na tribuna, ele cobrou responsabilidade de todas as partes. “A polícia tem que ser o último recurso à letalidade, tem que ser dotada e treinada até para se autoproteger, ninguém quer os policias em risco também. Parece que o discurso de que polícia boa é a que mata vem contaminando o Brasil a fora, mas esquecem de uma regra que é triste. A que mais mata é a que mais morre. Quando o delinquente sabe que, de lá pra cá, não tem chance de ser conduzido, a reação é entender que é matar ou morrer”, finalizou.