Durante o Pequeno Expediente, parlamentares lamentam operação policial realizada no Rio de Janeiro

por Fernanda Nery - Agência CMA — publicado 29/10/2025 12h30, última modificação 29/10/2025 15h52
Durante o Pequeno Expediente, parlamentares lamentam operação policial realizada no Rio de Janeiro

Foto: Luanna Pinheiro

O Pequeno Expediente desta quarta-feira (29/10) teve início com o vereador Maurício Maravilha (União Brasil), que falou sobre a medalha de mérito que recebeu do Conselho Regional de Odontologia de Sergipe (CRO-SE), na última sexta-feira. “Isso me deixou muito feliz de saber o quanto que eu posso estar contribuindo para o avanço da odontologia do nosso município”, disse ao lembrar da sua solicitação para que recursos fossem viabilizados para aquisição de equipamentos digitais para otimizar os atendimentos e os diagnósticos. “Não é só o nome de Maurício que foi honrado naquele momento, mas eu dedico essa honraria a todo esse Parlamento, porque eu sei que todos os colegas aqui estão comprometidos para, a partir de 2026, também destinarem um mínimo que seja das emendas de vocês para a gente fazer a aquisição desses aparelhos de raio-x.” 

Em seguida, o vereador Pastor Diego (União Brasil) começou seu discurso repercutindo o fato de que o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, derrubou a decisão do ex-ministro Luís Roberto Barroso, que permitia que enfermeiros pudessem realizar abortos. “Uma grande vitória em defesa da vida”, comemorou. O parlamentar também falou sobre a necessidade de uma ação emergencial na ponte que liga Aracaju à Barra dos Coqueiros. “São pessoas que estão ali toda semana, infelizmente, num ato de desespero tentando desistir da vida. Não podemos tratar isso com normalidade, precisamos de ações emergenciais para que a vida seja valorizada.”, afirmou ao lembrar da lei que foi sancionada na última legislatura para que, em locais da cidade com pontes e viadutos, haja tela de proteção. 

Pastor Diego ainda aproveitou a oportunidade para convidar o público para participar da sessão especial que vai ocorrer na Câmara Municipal, na próxima sexta-feira (31/10), às 10h30, em alusão aos 508 anos da Reforma Protestante. Por fim, o vereador  lamentou a operação policial que ocorreu no dia anterior no Rio de Janeiro. “Aquele estado só chegou nesse caos pela ausência do Governo Federal, pela ausência do Poder Público para atuar e impedir que aquela barbaridade acontecesse.” 

A vereadora Professora Sonia Meire (PSOL) também destacou a operação policial que aconteceu no Rio de Janeiro. Segundo Sonia, “estamos diante da maior chacina vista na cidade do Rio de Janeiro. Não tenho como deixar de me posicionar sobre isso. Ontem as comunidades da Penha, do Alemão, do Borel e de regiões da Tijuca sofreram por todo o dia com tiroteios, ataques aéreos, destruição e suspensão de serviços públicos, a população em pânico, e tudo isso sendo naturalizado como coragem de guerra às drogas. Isso não é uma guerra às drogas, é um processo de morte de quem vive nas favelas ”, salientou ao dizer que é inadmissível a morte de tantas pessoas inocentes, mesmo com tanta tecnologia e conhecimento envolvido. 

A parlamentar também utilizou a tribuna para denunciar o fato de que há pelo menos três projetos em tramitação no Congresso Nacional que acabam dificultando o acesso ao aborto legal no país, o que pode acabar com um direito garantido por lei. “Nós vamos estar aqui e em todos os lugares defendendo a vida das crianças e das mulheres contra esse Congresso que hoje coloca as nossas mulheres, as crianças e adolescentes em situação de morte”. 

O último orador do Pequeno Expediente foi o vereador Iran Barbosa (PSOL), que manifestou solidariedade ao povo do Rio de Janeiro, após toda a destruição promovida pela operação policial realizada ontem. O parlamentar criticou a atuação do governo estadual. “É preciso seriedade e é preciso que tanto o Governo Federal, quanto o governo estadual, que é o responsável pela segurança pública, abracem a causa da luta em defesa daquele povo, porque a operação que aconteceu lá foi uma operação criminosa, desastrosa, que ao mesmo tempo expôs os policiais e fez uma chacina contra o povo do Rio de Janeiro”, destacou ao dizer que o povo brasileiro não pode assistir a isso de maneira passiva, pois nas favelas e comunidades não há apenas bandidos, mas também trabalhadores, pais e mães de família.