Condições precárias de trabalho no hospital Fernando Franco são denunciadas por Sonia Meire

por Manuella Miranda- Assessoria de Imprensa do Parlamentar — publicado 12/11/2025 12h57, última modificação 12/11/2025 12h57
Condições precárias de trabalho no hospital Fernando Franco são denunciadas por Sonia Meire

Foto: Luanna Pinheiro

Na manhã desta quarta-feira (12), a vereadora professora Sonia Meire (PSOL) utilizou a tribuna na Câmara Municipal de Aracaju (CMA) para denunciar os problemas do hospital Fernando Franco e as condições precárias para os trabalhadores naquela unidade de saúde. A parlamentar cobrou também a aplicação da lei nº 5.490 de 2022, que obriga hospitais públicos e privados do município de Aracaju criarem uma sala de descompressão para ser utilizada pelos enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, destinada para o descanso dos profissionais.

 
“Eu tenho recebido, desde o início do ano, problemas do hospital Fernando Franco. Estive em maio no local e a gestão do hospital me apresentou uma relação de condicionadores de ar  já adquiridos que deveriam ser colocados em um mês, ou um mês e meio. Mas eu estive mais duas vezes, e a semana passada estive novamente e verifiquei que os aparelhos não foram substituídos. Mais de trinta pessoas em uma única sala sem o ar-condicionado funcionar, entre elas idosas, um banheiro para todas essas pessoas, que é uma sala de recuperação. Além disso, os trabalhadores estão sem condições efetivas de descanso. Existe uma lei em Aracaju que obriga os hospitais criarem uma sala de descompressão e esta lei não vem sendo cumprida até hoje”, disse Sonia Meire.
 
A parlamentar apresentou um vídeo que mostra as condições da unidade de saúde e destacou que foram encaminhadas emendas para o hospital no valor de mais de duzentos e quarenta mil reais, e que outros vereadores também fizerem ano passado. São onze meses de gestão e os gestores apresentaram que soluções seriam dadas para os problemas, o que não aconteceu. A vereadora disse ainda que a secretária municipal de saúde, Débora Leite, esteve no local e pediu um prazo de 15 a 20 dias, de acordo com os trabalhadores.
 
“Nós vamos estar acompanhando esse processo. Saúde não é brincadeira, nós sabemos que têm questões que são históricas, mas o nosso papel é fiscalizar e cobrar, porque esse é nosso dever. Esse hospital não consegue atender as pessoas, que inclusive vem do hospital da Zona Norte porque não conseguem ser atendidas, o que aumenta ainda mais a demanda. As condições de trabalho e de atendimento são precárias. Não há uma maca para atendimento emergencial, imagine vocês, um hospital sem uma maca, isso é uma questão básica. Nós temos tantos contratos emergenciais, tantas coisas que foram feitas desde o início da gestão, porque é que não consegue a aquisição do que é básico para trabalhar. Quatro cadeiras de rodas, as cadeiras todas quebradas, e as condições de descanso também desprovidas. A nossa luta continuará por melhoria da saúde, condições de trabalho e também concurso público”, finalizou a vereadora.