Câmara de Aracaju debate climatização das escolas, denúncia sobre cargos na Emsurb e problemas no Francão
O Grande Expediente desta quarta-feira, 26, apresentou três grandes eixos: o anúncio da climatização das escolas municipais, a denúncia de suposta “farra de cargos” na Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb) e problemas estruturais no espaço de lazer do Francão, no conjunto Augusto Franco.
O primeiro a usar a tribuna foi o vereador Soneca, que agradeceu à prefeita Emília Corrêa por ter atendido seu pedido para climatizar salas de aula no bairro Olaria, especialmente na Escola Municipal de Ensino Fundamental Oviedo Teixeira, onde estudou quando criança.
O vereador relatou que esteve na unidade em abril e observou o forte calor enfrentado pelos estudantes: “Tava num calor..., que vou dizer… até para estudar não tem nem como menino raciocinar”.
Segundo Soneca, a prefeita anunciou, no projeto Tamo Junto, realizado no bairro no último fim de semana, que a escola será totalmente climatizada durante as férias escolares: “Quando iniciar o ano letivo, essa escola já estará climatizada. E não só ela — esse projeto vai se estender para todas as escolas do município”.
Ele também citou outras unidades que aguardam o mesmo investimento, como os colégios Manoel Bonfim e Orlando Dantas.
Segundo a usar a tribuna, o vereador Vinícius Porto destacou a presença do secretário municipal da Fazenda, Sidney T6hiago dos Santos, que participará de uma reunião da Comissão de Finanças, nesta quinta-feira, ressaltando a importância da transparência da gestão.
Comentou também o lançamento do livro sobre a trajetória da prefeita Emília Corrêa, afirmando que a obra registra não só a vida da gestora, mas momentos marcantes da política aracajuana: “A trajetória de Emília é bonita, diferenciada, porque ela não veio da política tradicional. E nós estamos registrando no livro não só sua vida, mas também momentos históricos da nossa cidade”.
Vinícius relembrou figuras e episódios que, segundo ele, ajudaram a moldar a história política da cidade, defendendo o respeito entre adversários e a preservação dessas memórias. Por fim, manifestou preocupação com o início de uma obra na avenida Anízio Azevedo, na 13 de Julho, por ocorrer no período de maior movimento comercial. Ele reconheceu os benefícios estruturais da intervenção, mas pediu sensibilidade ao governo quanto ao calendário de execução.
Já o vereador Elber Batalha apresentou uma denúncia sobre o número de comissionados na Emsurb. Segundo ele, a prefeitura ultrapassou a marca de 3 mil cargos comissionados e, somente na Emsurb, 538 seriam de livre nomeação — número que considera incompatível com a estrutura da autarquia. Disse ainda que “hoje ultrapassa 15 milhões de reais por mês em cargos comissionados”.
Elber afirmou que muitos desses servidores não atuariam presencialmente, apontando possível existência de “funcionários fantasmas”: “É impossível caberem 800 pessoas na Emsurb. É impossível. Muitos não trabalham. Vou representar ao Ministério Público para uma nova operação Caça-Fantasma”.
Ele também citou dificuldades da prefeitura para negociar dívidas com o Ipesaúde e sugeriu que o gasto com comissionados pode impactar a política salarial dos servidores.
Fechando o Grande Expediente, o vereador Joaquim da Janelinha levou à tribuna preocupações dos moradores do conjunto Augusto Franco sobre o Francão, espaço de lazer recentemente entregue.
Ele exibiu imagens de portões danificados, lixeiras quebradas e brinquedos deteriorados poucos dias após a abertura: “A empresa está retornando para corrigir algumas falhas, mas tem deterioração causada por vandalismo. Precisamos conscientizar a comunidade”.
Joaquim pediu apoio da Guarda Municipal e defendeu a instalação de câmeras: “A viatura não pode estar lá 24 horas. As câmeras ajudariam a inibir quem está destruindo um bem que é de todos”.
O vereador também confirmou que o campo ainda não foi aberto ao público para permitir o enraizamento da grama e ressaltou a necessidade de um sistema de irrigação.