“Sergipe é um dos estados mais violentos do país”, lamenta Cabo Amintas

por Assessoria de Imprensa do parlamentar — publicado 28/06/2017 16h55, última modificação 05/12/2017 16h14
“Sergipe é um dos estados mais violentos do país”, lamenta Cabo Amintas

César de Oliveira

O vereador Cabo Amintas (PTB) usou seu espaço no Grande Expediente da sessão desta quarta-feira, 28, na Câmara Municipal de Aracaju (CMA), para mais uma vez para lamentar a falta de segurança e violência contra os policiais em Sergipe. “Infelizmente nosso estado é um dos mais violentos do país e temos que fazer algo para combater. O Governo do Estado não tem comprometimento nenhum com a segurança. Os crimes contra os policiais continuam sendo registrados e muitos já foram mortos”, lamenta.

 

O parlamentar disse que a repercussão é grande quando a violência é noticiada em outros seguimentos, mas deixa a desejar quando envolve policiais. "Quando a mídia noticia que uma loja foi assaltada cinco vezes a população culpa a polícia. Mas segurança não é garantida apenas com o trabalho da polícia, é necessário ter iluminação pública e pavimentação para que a polícia possa ter acesso a todas as regiões. Não vejo grande mobilização quando matam um policial. É necessário investigar todos os crimes e punir todos os culpados”.

“Durante 25 anos eu patrulhei as ruas da Grande Aracaju e senti na pele a dificuldade de levar segurança para as pessoas mais carentes. Muitas vezes a população é também culpada por eleger esses homens que não têm compromisso com a polícia nem com o povo. Tem casos mais graves e que a polícia tem até medo de agir em algumas regiões. Os papéis estão invertidos! Qualquer ação para combater um marginal hoje é vista como tortura e isso é considerado crime hediondo, e o policial pode perder o emprego. Cada um tem a sua família para sustentar. Hoje eles alegam até legítima defesa e ganham liberdade. Isso é um absurdo!”, desabafa.

Cabo Amintas disse ainda que quanto a vítima do crime é um empresário ou político a comoção é grande, os poderes se juntam com as organizações que defendem os Direitos Humanos, mas isso não ocorre quando matam um policial. “Quando matam um policial ninguém se mobiliza. Em 2015 foi morto o sargento Valdomiro quando ele estava indo fazer um depósito no banco. Quatro homens armados chegaram em um carro, levaram seu dinheiro e tiraram sua vida no Bairro Santos Dumont. No mesmo ano mataram o Cabo Arnaldo no Bairro Coqueiral simplesmente porque ele era policial e estava armado durante a sua folga quando foi visitar a sua família. Até hoje suas famílias não sabem quem foram os autores dos crimes e temos que cobrar essas respostas para Secretaria de Estado da Segurança Pública. Não podemos esquecer estes casos, porque amanhã pode ser com um de nós!”.