“O prefeito não está só desrespeitando os professores, mas também a esta Casa”, enfatizou Linda

por Laila Batista, Assessoria de Imprensa do Parlamentar — publicado 04/05/2022 15h45, última modificação 04/05/2022 15h45
“O prefeito não está só desrespeitando os professores, mas também a esta Casa”, enfatizou Linda

Foto: César de Oliveira

Na manhã desta quarta-feira, 04, a vereadora Linda Brasil (PSOL), ocupou o Grande Expediente para reforçar o apoio às professoras e professores do município. A categoria está em luta para que a gestão municipal cumpra a Lei do Piso, e logo no início da manhã estava organizada em ato na Praça General Valadão.  

“O prefeito não está só desrespeitando as professoras e professores, mas também a esta casa que votou no PPA, para dar garantia ao Piso, votou na LOA, ele derrubou a emenda, e com mobilização nós conseguimos reverter. A categoria sai cedo de casa, deixa seus afazeres para lutar pelos seus direitos, e são tratadas/os dessa forma? Isso é uma humilhação”, declarou Linda.

O Sindipema aponta que o prefeito está concedendo 5% com base em uma tabela de 2016. Com salários congelados desde 2017, o Piso Salarial conquistado em Lei Federal vem sendo descumprido pelo prefeito de Aracaju.

Algumas das unidades de ensino do município se encontram sucateadas, sem reformas, com déficit de professores e cuidadores, prejudicando as famílias que precisam dessa assistência para trabalhar.

Na ocasião, a parlamentar também abordou o desrespeito com o magistério estadual, que segundo informações do sindicato, todos os meses o governo confisca 14% do salário das/os aposentadas/os.

Demandas da comunidade surda

A parlamentar esteve em reunião com o grupo de jovens surdos e com o Conselho Estadual de Pessoas Deficientes, onde puderam colocar as principais dificuldades enfrentadas no atendimento de saúde. Entre as demandas relatadas está a falta de profissionais nas unidades que possam garantir a comunicação para um atendimento e acesso adequado.

A comunidade também apontou que a Central de Libras tem seu horário de funcionamento limitado, uma vez que é de 7h às 13h e qualquer outra necessidade fora desse horário as pessoas surdas tem a opção de acionar uma central particular em São Paulo.

Ainda em reunião, comunicaram um episódio grave de violência institucional, onde uma jovem surda foi amarrada na unidade de saúde ao procurar atendimento. Ressaltaram que a comunicação entre elas e eles acontece por expressão das mãos, e amarrada a jovem não conseguiria se comunicar.

Outra demanda que tem revoltado a comunidade surda é o humor preconceituoso e capacitista que deprecia a moral destas pessoas, a estigmatizam e as excluem.

Elas e eles relataram como sofreram violência em sua dignidade por serem alvos de “piadas”, de um humorista.
A vereadora sugeriu que a entidade ocupe a tribuna livre da Casa e estará dirigindo pedido para a Frente Parlamentar em Defesa da pessoa com deficiência ouvir a comunidade.

“ É preciso efetivar as políticas públicas que garantam os direitos destas pessoas e amplia-las. E nossa mandata está à disposição desta comunidade", afirma a parlamentar.