“O MST é um dos grandes motores de combate à desigualdade social no Brasil”

por Thiago Paulino- Assessoria de Imprensa do Parlamentar — publicado 08/02/2024 13h55, última modificação 08/02/2024 17h02
Camilo celebra os 40 anos de luta dos Trabalhadores Sem Terra
“O MST é um dos grandes motores de combate à desigualdade social no Brasil”

Foto: Gilton Rosas

Um movimento que há mais de 40 anos luta para diversas famílias terem dignidade, alimento e fornecer produção agrícola para o campo e cidade. O mandato popular de Camilo Daniel (PT) parabenizou no Grande Expediente, dessa quarta- feira, 07, mais um ano de existência do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra.

A causa da luta do Movimento Sem Terra é algo fundamental para nosso povo brasileiro. O MST é um dos grandes motores para distribuição de riqueza e de renda para o combate à desigualdade social em nosso país. Só no alto sertão sergipano são mais de 7 mil famílias de assentados da reforma agrária. Onde era cerca e latifúndio, onde tinha somente uma fazenda abandonada hoje tem, por exemplo, 600 famílias assentadas que produzem alimentos”, ressaltou Camilo.

O vereador ainda chamou  a atenção que são cerca de 14 mil famílias que mudaram o cenário de diversos locais de Sergipe ao produzir no campo graças à reforma agrária fruto da conquista de muitas lutas do MST.

Isso tudo só ocorreu por conta da luta dos trabalhadores rurais. Luta para pressionar o governo para construir sua moradia, para desapropriar um imóvel improdutivo, para liberar um crédito.”

Solidariedade e organização popular

O vereador evocou memórias de infância para lembrar da luta do movimento. “Sou filho do Movimento Sem Terra e tenho muito orgulho disso. Cresci no Assentamento Quissamã, aqui no município de Socorro. Lembro que , quando eu era criança, estudei no colégio Presidente Vargas e quando chegava  à escola vinha com a camisa cheia de poeira. Quando tinha chuva, o ônibus atolava e, quando tinha Sol demais, a blusa ficava cheia de poeira. A polícia e a imprensa em geral sempre tratou os Sem Terra como baderneiros.”

Isso, porém, não impediu a atuação solidária e de organização social do movimento. Camilo Daniel lembrou que, durante e após a pandemia, alimentos produzidos nos assentamentos chegaram a periferias e bairros das diversas cidades brasileiras, além das cozinhas solidárias que foram montadas. “Só o povo é quem salva o povo. Milhões de toneladas de alimentos foram distribuídos. E alimentos sem agrotóxicos,  frutos da agroecologia com uso responsável do solo. E recentemente o Movimento Sem Terra fez também doação de alimentos diretamente para Palestina”, disse.