“Com a reforma trabalhista os sindicatos serão desvalorizados”, diz Lucas Aribé

por Sheyla Morales, Assessoria de Imprensa do parlamentar — publicado 27/04/2017 14h35, última modificação 20/11/2017 17h58
“Com a reforma trabalhista os sindicatos serão desvalorizados”, diz Lucas Aribé

César de Oliveira

Em Brasília, com quase 14 horas de sessão, a Câmara dos Deputados votou, na noite de ontem, 26, a favor da reforma trabalhista do Governo de Michel Temer, o que deixou políticos e cidadãos indignados e perplexos, já que a reforma traz perdas consideráveis aos trabalhadores que ao longo de sua militância conquistaram seus direitos com duras lutas. Um dos políticos que considera uma perda ao trabalhador foi o vereador Lucas Aribé (PSB), que discursou na tribuna da Câmara Municipal de Aracaju (CMA), no grande expediente, nesta quinta-feira, 27.

“É com muita tristeza que eu subo nesta tribuna para comentar a votação de ontem na Câmara Federal. Hoje temos um presidente golpista que tira as garantias do trabalhador. Eu não posso fugir dos meus princípios e ideologia, por isso, declaro que sou contra a reforma trabalhista, a reforma da previdência e da terceirização. Estamos vivendo um processo de perdas históricas para a classe trabalhadora que suou a camisa para conseguir” frisou o parlamentar Lucas Aribé.

O texto da reforma trabalhista foi aprovado por 296 votos a favor e 177 contra, e agora segue para o Senado. Entre os pontos questionados pelos trabalhadores representados pelos seus sindicatos estão: a modernização da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), dando mais liberdade para que patrões e empresários negociem diretamente, sem ficarem presos ao que diz a lei, considerando a CLT defasada porque é de 1943; outra questão é que os acordos coletivos vão ter força de Lei; redução da hora de almoço com tempo mínimo de 30 minutos; mudança do tempo dos contratos temporários de 90 para 180 dias, prorrogáveis por mais 90; fim da contribuição sindical; parcelamento de férias e jornada de trabalho.

“Com a reforma trabalhista os sindicatos serão desvalorizados. Os sindicatos estão ai para lutar por melhorias nas condições de trabalho e salarial. A reforma irá interferir na jornada de trabalho e nas férias”, concluiu o vereador Lucas Aribé.