Vereador Camilo se posiciona em defesa do Orgulho LGBTI+
Dia 28 de junho é o Dia do Orgulho LGBTI+ (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e pessoas intersexuais), para celebrar a data, comemorada mundialmente, o vereador Camilo Lula (PT), se pronunciou no Grande Expediente da Câmara Municipal de Aracaju (CMA), defendendo a causa e falando sobre a importância dos vereadores se envolverem na luta pela comunidade LGBTI+.
Em seu pronunciamento, Camilo explicou que é importante que cada vereador levante a bandeira da causa LGBTI+, pois “enquanto a expectativa de vida do brasileiro médio é de 75 anos, de acordo com dados do IBGE, a de uma pessoa trans não passa dos 35”, informou aos presentes. O vereador trouxe ainda os dados do Grupo Gay da Bahia (GGB), que demonstram, no relatório “Mortes Violentas da População LGBT no Brasil”, que somente no ano de 2018, foram registradas 420 mortes, por homicídio ou suicídio decorrente da discriminação, de integrantes da população homoafetiva e transexual. O vereador completou afirmando que “uma pessoa foi assassinada a cada 20 horas por conta de sua orientação sexual ou identidade de gênero só no ano de 2018 e isso é genocídio, isso é muito grave, por isso temos que nos posicionar defendendo essa população”, enfatizou.
O Brasil é recordista no ranking de países que mais matam LGBTI+ no mundo. Para Nataly Pereira, representante da comunidade lésbica, 19 anos, “a violência contra a população LGBTI+ se expressa de diversas formas e começa na família, é de extrema importância que o debate sobre a visibilidade da causa LGBTI+ seja discutida nos meios políticos, pois nós vivemos as manifestações de intolerância e elas matam. Desde injúrias que ofendem, humilham e impedem a nossa autonomia até os assassinatos e suicídios propriamente, então defender a nossa causa, é defender o nosso direito de existir”, afirmou a estudante.
Pedro Alves Filho, é psicólogo da secretaria de Assistência Social do município, representante da população LGBTI+, e lembra que é importante ressaltar os impactos destrutivos que a LGBTfobia ocasiona à saúde mental de quem a sofre. “O preconceito e a discriminação perpetrados desde a infância nos ambientes em que se deveria promover acolhimento segurança, sobretudo no seio doméstico, podem afetar consideravelmente a autoestima, a sensação de pertencimento e o lugar de ser-no-mundo de pessoas LGBTIs. Deste modo, o combate ao preconceito e todas as formas de discriminação são um meio de promover a saúde integral deste público”, destacou o psicólogo.
A luta LGBTI+
No próximo dia 28 de junho é celebrado os 50 anos do episódio, conhecido mundialmente, que marca a luta pelas causa LGBTI+. Em 28 de junho de 1966 as pessoas que frequentavam o bar Stonewall Inn, em Nova Iorque, até hoje um local de frequência de gays, lésbicas e trans, reagiram a uma série de batidas policiais que eram realizadas ali com frequência. A partir daí eclodiram manifestações em protesto contra a discriminação e a violência que naquele momento era enfrentada pela comunidade de lésbicas, gays, bissexuais e transexuais. Conhecidos como as manifestações de Stonewall, esses eventos são lembrados agora como um dos momentos históricos mais importantes na luta pelos direitos LGBTI+.
O vereador Camilo colocou o mandato dele à disposição da comunidade LGBTI+. “O meu mandato se solidariza com a comunidade LGBT e com todas as pessoas que lutam pela construção de uma realidade em que a discriminação, o estigma e a violência baseados na orientação sexual e identidade de gênero não tenham mais espaço”, afirma.
Camilo propôs ainda uma série de medidas para interferir e melhorar a vida da população LGBTI+. “Podemos aprovar leis afirmativas que garantam a cidadania plena da população LGBTI+, equiparando a homofobia e transfobia ao crime de racismo, elaborar políticas públicas na área da saúde, direitos humanos, educação, que proporcionem igualdade cidadã à comunidade LGBTI+ e exigir que a Polícia e Justiça investigue e puna com toda severidade os crimes homo e transfóbicos”, encerrou o vereador.