Linda Brasil aprova seu primeiro PL e machismo será discutido nas escolas

por Laila Oliveira, Assessoria de Imprensa da parlamentar — publicado 22/09/2021 12h14, última modificação 22/09/2021 12h14
Linda Brasil aprova seu primeiro PL e machismo será discutido nas escolas

Foto: Assessoria da parlamentar

Em tempos de crescente violência contra às mulheres no país, onde o Brasil ocupa o 5º lugar no ranking mundial de feminicídio, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas pra os Direitos Humanos (ACNUDH), contabilizando 1.350 casos de feminicídio em 2020 - um a cada seis horas e meia, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a aprovação do Projeto de Lei nº 52/2021, de autoria da vereadora Linda Brasil (PSOL) é uma vitória para as mulheres e todos/todes aqueles que lutam por uma sociedade mais justa. O PL visa instituir a criação de campanhas educativas permanentes no âmbito escolar com o intuito de combater o machismo e valorizar as histórias das mulheres em Aracaju.

Aprovado por unanimidade em primeira votação nessa quarta-feira, 22, traz para a pauta do dia a importância do papel educativo e formativo das escolas, na formação de crianças e jovens que saibam respeitar uns aos outres e contribuir para a construção de um mundo mais justo e fraterno. Para a parlamentar, o PL contribuirá para o enfrentamento e desconstrução do machismo estrutural, que tem alimentado o cenário discrepante de desigualdades entre homens e mulheres, e perpetuado situações de violências.

Essa campanha vai ser discutida junto com a comunidade escolar, com a equipe pedagógica, de acordo com cada realidade, com a idade de cada criança. Cada escola tem uma realidade, então através da secretaria e das escolas eu tenho certeza que serão desenvolvidas as campanhas com base nas necessidades de cada unidade de ensino. O PL vai ajudar muito a diminuir a violência e também comportamentos que colocam homens e mulheres em posições de desigualdades”, afirmou.

O projeto salienta a importância de considerar os demais marcadores sociais dispostos na sociedade, uma vez que as opressões podem ser aprofundadas, a exemplo de mulheres e meninas LGBT'S, negras, com deficiência física, condições atípicas de saúde mental, da zona rural e outras. Além disso, prevê o envolvimento de uma equipe multidisciplinar na condução da criação da campanha, envolvendo familiares e toda a rede de apoio das/dos estudantes.

É importante destacar a importância desse projeto para homens e meninos, uma vez que é importante reconhecer a prática machista que é estrutural, porque muitas vezes não quem pratica não percebe, porque são comportamentos naturalizados”, explicou Linda.

Em setembro também se celebra a Primavera Feminista, período de reforçar as lutas e pautas das mulheres por melhores condições de trabalho, remuneração, pelo fim da violência e de outras formas de desigualdade.